Conclave para escolher novo Papa terá 7 cardeais brasileiros

SÃO PAULO, 22 ABR (ANSA) – Após a morte do papa Francisco, a Igreja fica em estado de “sede vacante” e prepara a reunião do conclave para eleger o próximo Bispo de Roma. Atualmente, sete cardeais brasileiros podem participar e votar para escolher o novo pontífice.   

O número máximo de cardeais eleitores é estabelecido em 120, embora atualmente haja 135 com direito a voto – e, como no passado, podem ser concedidas exceções. Do total, 59 são da Europa (incluindo 19 da Itália); 37, das Américas (incluindo 16 da América do Norte, 4 da América Central e 17 da América do Sul); 20, da Ásia; 16, da África; e 3, da Oceania.   

Os cardeais são membros sêniores da Igreja Católica escolhidos pessoalmente pelo Pontífice, mas aqueles com mais de 80 anos não têm permissão para votar.   

Entre os brasileiros estão o cardeal eleitor Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos, que foi criado em novembro de 2007; Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida (SP), de 88 anos, que se tornou cardeal em novembro de 2010; e João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília e ex-prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada as Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano, de 77 anos. Todos os três foram criados pelo papa Bento XVI (1927-2022).   

A lista ainda inclui os cardeais escolhidos por Francisco: Orani João Tempesta, 74 anos, arcebispo do Rio de Janeiro e o primeiro bispo brasileiro criado cardeal pelo argentino, em fevereiro de 2014; Sergio da Rocha, arcebispo de Salvador, 65 anos, no cargo desde novembro de 2016; e Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, nascido em 1967 e criado em agosto de 2022.   

Por fim, também fazem parte o cardeal Leonardo Steiner, 75 anos, arcebispo de Manaus e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entre 2011 e 2019; e Jaime Spengler, 65 anos, arcebispo de Porto Alegre e atual presidente da CNBB.   

A expectativa é de que o conclave seja realizado na primeira quinzena de maio, com votações sob os afrescos de Michelangelo na Capela Sistina. (ANSA).