Conclave inspira cinema, mas nunca foi set de filmagem

ROMA, 7 MAI (ANSA) – De Rosanna Di Bartolomeo – O conclave, ritual sagrado da Igreja Católica para a escolha do pontífice, tem sido um terreno fértil para o cinema, que o tornou palco de dramas interiores, jogos de poder, mas também de situações cômicas e provocações inteligentes, ainda que a Capela Sistina nunca tenha sido um set de filmagem – por não ser permitido. Em meio à narração sobre o mundo eclesiástico, confira cinco filmes que se destacam na telona.   

O mais recente, “Conclave”, um drama de 2023 dirigido por Edward Berger, é baseado no romance de Robert Harris.   

Protagonizado por Ralph Fiennes e Stanley Tucci, a obra explora as tensões políticas e morais durante as eleições para a escolha de um novo papa em meio a uma ambientação claustrofóbica e muito suspense. Intrigas, segredos e senso de culpa recheiam as cenas do filme, que levou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado.   

Em “Dois Papas”, longa de 2019 com Anthony Hopkins e Jonathan Pryce, o diretor brasileiro Fernando Meirelles imagina uma conversa entre os dois últimos pontífices, Bento 16 e Francisco.   

Aqui o roteiro não aborda exatamente o conclave, mas sua premissa: a crise de consciência, o confronto entre tradição e modernidade, a possibilidade de mudança. Um drama humano e filosófico que explora as diferenças e semelhanças entre dois líderes católicos, o alemão Joseph Ratzinger e o argentino Jorge Bergoglio.   

Já o cineasta italiano Nanni Moretti faz do conclave uma comédia dramática em “Habemus Papam”. Lançado em 2011, Michel Piccoli faz o papel do papa eleito, mas que pressionado pela posição do cargo, foge de suas obrigações e procura um psicanalista. O filme mistura ironia e melancolia e traça uma análise irônica e profunda das fragilidades e do poder humano.   

“Anjos e Demônios”, longa de Ron Howard lançado em 2009, traz Tom Hanks e Ewan McGregor como protagonistas de uma história que tem o conclave como elemento central: quatro cardeais são sequestrados durante a eleição papal, dando início a uma corrida contra o tempo para salvar o Vaticano.   

Por sua vez, Anthony Quinn interpreta um papa soviético eleito em plena Guerra Fria em “As Sandálias do Pescador”, filme de 1968. (ANSA).