As compras feitas pela rede de distribuição de aço em março recuaram 10,5% em relação ao visto no mesmo intervalo do ano passado, para 291,8 mil toneladas, de acordo com dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Em relação a fevereiro deste ano, houve alta de 29,7%.

As vendas, por sua vez, caíram 5% em março na relação anual, para 291,4 mil toneladas, enquanto na comparação com fevereiro foi verificada uma alta de 20%. Com isso, os estoques atingiram 906,8 mil toneladas – o giro, assim, ficou em 3,1 meses.

As importações caíram 65,3% em março ante o mesmo mês de 2015, para 50,5 mil toneladas. Em relação a fevereiro, houve um avanço de 107,6%. Para abril, o Inda estima um recuo de vendas e de compras de 7% em relação a março.

Aumento de preços

O presidente do Inda, Carlos Loureiro, afirmou nesta terça-feira que ArcelorMittal já comunicou um novo aumento nos preços a partir de 1º de maio, de 12% a 13%.

Este é o segundo mês consecutivo de reajuste por parte da empresa – no início de abril, ArcelorMittal, Usiminas e CSN já haviam elevado seus preços em cerca de 10%. Segundo Loureiro, CSN e Usiminas devem seguir os passos da ArcelorMittal e promover um aumento semelhante no próximo mês.

“Sem esse novo aumento, o preço está muito negativo, ao redor de 10%, mesmo após as altas de abril”, disse Loureiro, durante coletiva de imprensa. Segundo o executivo, o aumento anunciado no mês passado já foi praticamente todo implantado.

Questionado quanto à possibilidade de novos aumentos nos próximos meses, o presidente da Inda disse achar difícil a ocorrência de um novo reajuste, mas afirmou que a continuidade dos reajustes “não é impossível”.