A frequência com que os consumidores brasileiros compra na internet tem aumentado. Em 2018, a parcela de consumidores que diz comprar online regularmente, pelo menos uma vez por mês, chegou a 65%, de acordo com dados de pesquisa da PwC. Esse porcentual era de 58% quatro anos antes.

“É uma tendência consistente no mundo inteiro, a frequência de compras no online cresce ano a ano”, avaliou Ricardo Neves, sócio da PwC e especialista em Varejo e Consumo.

Apesar do crescimento da venda online, a frequência dos consumidores nas visitas a lojas físicas subiu no último ano. Ela chegou a 61% de pessoas que dizem ter ido a uma loja ao menos uma vez por mês. Em 2017, o porcentual era de 55%.

No longo prazo, no entanto, a loja física perdeu espaço. Em 2013, chegava a 70% o porcentual de pessoas que visitavam lojas regularmente.

Para Neves, as lojas físicas viram a frequência de clientes cair, sobretudo nos anos de crise. Ele acredita que hoje esse canal de vendas parece estar se estabilizando, mesmo num cenário em que as compras online crescem.

A propensão para comprar online tem subido em todas as categorias de produtos, de acordo com o estudo da PwC. Em vestuário, por exemplo, 22% das pessoas dizem que parte significativa das compras são feitas online, um indicador que era de apenas 6% em 2014. Para eletrônicos, 27% já têm propensão a comprar ante 12% quatro anos atrás.

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Gastos

Os brasileiros devem elevar seus gastos em 2018 na comparação com o ano passado, segundo levantamento da PwC. Estudo sobre tendências de consumo aponta que 48% dos entrevistados devem elevar um pouco ou muito os gastos na comparação com 2017.

A propensão dos brasileiros a gastar é maior do que a verificada em pesquisas da PwC em outros países. Enquanto no Brasil, os que querem gastar muito mais que no ano passado chegam a 15%, no mundo o porcentual é de 12%. Já os que vão aumentar um pouco as despesas são 33% no Brasil e 25% na média global.

“Os brasileiros estão recém saídos de um período de recessão, mas já demonstram expectativas mais positivas do que os consumidores de países que passaram por crises econômicas há mais tempo”, avaliou Alexandre Horta, diretor da área de varejo e consumo da PWC.

Segundo a pesquisa, 49% dos brasileiros acreditam que 2018 será um ano melhor que o anterior. No mundo, esse porcentual é de 32%.


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