Parte das compras que seriam feitas pelo Brasil de equipamentos de proteção individual para uso na rede de saúde “caiu” após os Estados Unidos adquirir um grande volume de produtos da China. De acordo com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, os EUA mandaram 23 aviões cargueiros para a China para levar o material que eles adquiriram. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

“As nossas compras, que tínhamos expectativa de concretizá-las para poder fazer o abastecimento, muitas caíram”, afirmou o ministro em entrevista coletiva na quarta-feira (1º). “Mais do que nunca temos que poupar ao máximo”, pediu Mandetta.

O ministério já buscou outros fornecedores, mas não há certeza da entrega. “Só acredito na hora que estiver dentro do país e na minha mão. Tenho contrato, documento e dinheiro. Às vezes o colapso é quando tem dinheiro e não tem o produto. O mundo inteiro também quer. Tem problema de demanda hiperaquecida”, disse.

De acordo com o ministro, também há incerteza em relação ao fornecimento de respiradores usados em UTIs. “Hoje conseguimos fazer uma possível compra de 8.000 respiradores. Tem 30 dias para nos entregar. Se receber, ótimo, acalmo”, afirmou.

Mandetta ressaltou que a produção desses insumos é concentrada sobretudo na China. “Espero que nunca mais o mundo cometa o desatino de fazer 25% da produção de insumos em um único país. Essa é uma discussão do pós-epidemia”, disse.