A compra de aço pela rede de distribuição recuou 7,2% em setembro em relação ao mesmo período do ano passado, para 244,4 mil toneladas. Em relação a agosto a queda foi de 18,6%, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 23, pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). O levantamento inclui chapas grossas, laminados a quente, laminados a frio, chapas zincadas a quente, chapas eletrogalvanizadas, chapas pré-pintadas e galvalume.

Já as vendas no mês passado foram de 257,9 mil toneladas, recuo de 2,8% ante o visto no mesmo período do ano passado. Ante o mês imediatamente anterior a retração foi de 13,8%.

Com isso, os estoques da rede de distribuição caíram 1,5% em setembro em relação ao mês anterior, para 906,3 mil toneladas. O giro dos estoques subiu para 3,5 meses.

As importações de aço plano pelos distribuidores caíram 16,8% para 113,6 mil toneladas. Ante agosto o recuo foi de 14,4%.

Justificativas

A queda do mercado em setembro surpreendeu negativamente os distribuidores de aço, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro. “O sentimento geral é de que o mercado está muito ruim”, disse Loureiro.

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Segundo ele, muitos investimentos no Brasil estão represados à espera do resultado eleitoral.

Projeções

Para outubro a estimativa do Inda é de que as compras e as vendas da rede fiquem estáveis em relação a setembro. Se confirmada a projeção, o recuo das vendas de janeiro a outubro registrará uma queda acumulada de 5,7%. A projeção da entidade era de aumento de 5% em 2018 em relação a 2017

Reajuste

A recente queda do preço do aço no mercado externo tirou do radar um novo ajuste de preços que vinha sendo aventado pelas siderúrgicas para o mês de novembro, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro.

Segundo ele, o preço atual no mercado doméstico está firme com o dólar no patamar de R$ 3,70, mas um nível abaixo poderá pressionar o preço do aço a cair.


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