As compras da rede de distribuição de aço em julho caíram 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado para 276,6 mil toneladas, de acordo com dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Em relação ao período imediatamente anterior, contudo, houve aumento foi de 20,2%.

Já as vendas dos distribuidores registraram alta de 4,3% em julho na relação anual, para 288 mil toneladas. Ante junho, foi registrado crescimento de 16,4%.

Com isso, o estoque de aço detido pela rede atingiu 762,7 mil toneladas, recuo de 1,5% ante o observado no mês imediatamente anterior. O giro de estoques foi a 2,6 meses.

As importações de aço caíram 12,7% mês passado, para 97,2 mil toneladas, segundo dados do Inda. Ante junho, houve aumento de 50,2%.

Para agosto, a previsão da entidade prevê volumes de compras e vendas pela rede estáveis em relação a julho.

Preços

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As siderúrgicas não conseguiram implementar o aumento de preços anunciado para julho, de cerca de 10%, diante de uma atividade econômica anêmica no Brasil e pela maior competição entre as siderúrgicas, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro.

Loureiro destaca que o consumo de aço é inelástico e que apesar do aumento do preço da matéria-prima e valorização do dólar em relação ao real, as siderúrgicas estão com receio de aumentar os preços por conta do ambiente competitivo. “Elas estão brigando por market share em um momento em que deveriam ter disciplina”, disse.

Segundo o executivo do Inda, com o dólar em R$ 4,07 o prêmio do aço nacional em relação ao importado é hoje negativo.

Loureiro frisa que a produção no Brasil neste ano deve encerrar em queda, já que as usinas estão reduzindo volumes por não encontrarem rentabilidade nas vendas.

O executivo disse que as siderúrgicas chegaram a sondar a distribuição sobre uma nova tentativa de aumento de preços, mas que até o momento nenhuma siderúrgica tomou a iniciativa.


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