O presidente da Enel no Brasil, Carlo Zorzoli, considerou que a compra da Celg D, decretada nesta quarta-feira, 30, com sua vitória no leilão para a privatização da distribuidora goiana, é uma etapa muito importante do desenvolvimento da companhia no Brasil, onde já controla as distribuidoras Coelce, do Ceará, e Ampla, do Rio de Janeiro.

Ele comentou que a companhia tem dois focos estratégicos: de crescimento nas redes de distribuição e em renováveis. “No Brasil conseguimos, com esta operação, atuar nas duas linhas estratégicas do grupo Enel no mundo”, afirmou, destacando que, com a Celg D, a companhia passará a atender quase 10 milhões de consumidores. Em todo o mundo, a companhia é responsável por atender 65 milhões de clientes.

A Enel ofereceu R$ 2,187 bilhões pela Celg-D, o que correspondeu a um ágio de 28,03% e conquistou a distribuidora, já que era a única proponente. Questionada sobre o alto valor ofertado, Zorzoli disse ter oferecido o preço que a companhia achou justo. “Ofertamos o preço que achamos razoável, fechamos com aquele preço e ficamos felizes trabalhando”, disse.

Ele não quis revelar as condições de financiamento e justificou que as empresas listadas do grupo divulgariam informações. O executivo também não detalhou sobre os investimentos planejados na nova distribuidora do grupo, mas destacou que entre as prioridades estariam desembolsos voltados para a qualidade do serviço e para atendimento de novas conexões, com expansão da rede. “Digitalização e modernização são outras palavras”, acrescentou.

Conforme Zorzoli, a assinatura do contrato de compra e venda será feito em 30 de janeiro, quando também ocorre o pagamento, “em dinheiro” e em parcela única.

Questionado se a Enel seguiria com apetite por novos ativos no Brasil, ele falou que “o desenvolvimento do grupo Enel no Brasil não acaba hoje”. Ele lembrou que a companhia divulgou seu plano de investimentos global recentemente, que inclui o Brasil. “Nosso trabalho para crescer no País não terminou aqui”, reiterou, acrescentando também o plano de investimento nas concessões, focado em qualidade, modernização e digitalização e nas redes. “Então, não é que com isso acabam nossas possibilidades”, disse.

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