Os presidiários do Complexo da Papuda, que é administrado pelo governo do Distrito Federal, estão impedidos de receber visitas até o dia 27 de março. A determinação foi comunicada pela Secretaria de Segurança Pública do DF.

Vencido esse prazo, a situação será reavaliada pela Subsecretaria do Sistema Penitenciário e órgãos de Justiça. Inicialmente, as visitas que ocorrem semanalmente, às quartas, quintas e sextas-feiras – haviam sido suspensas no período de 12 a 20 de março.

O subsecretário do Sistema Penitenciário, Adval Cardoso, diz que as unidades prisionais estão seguindo orientações dos profissionais da Saúde. “Os servidores estão seguindo protocolos específicos para o ambiente carcerário, repassados pelos profissionais de saúde. Também pedimos a ampliação da escala e efetivo das equipes desses profissionais”.

Todos os presídios, exceto o Centro de Detenção Provisória (CDP), estão destinando alas específicas para idosos, que correm maior risco no contágio do vírus. O CDP já possui um local para este público. A mesma medida está sendo adotada para aqueles que trabalham fora dos presídios. Eles ficaram em um local em separado dos demais.

Segundo a SSP-DF, será implementada a quarentena para os presos recém-chegados ao CDP. “Semanalmente, as pessoas presas no Distrito Federal são encaminhadas ao Sistema. Ao chegarem, passam por uma triagem realizada por uma equipe de saúde, composta por médicos, enfermeiros e outros profissionais da área de saúde. Essa medida também será intensificada para identificação de possíveis casos da doença”, diz Cardoso.

“As unidades mantêm a rotina diária com duas horas de banho de sol. Dentro da possibilidade de cada unidade prisional, o horário será estendido para três horas. Com a suspensão das audiências judiciais pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT), entre os dias 17 e 30 de março, o efetivo poderá ser direcionado para apoiar esta medida, informou a SSP-DF.

De acordo com a decisão do Tribunal, somente serão realizadas as audiências de extrema necessidade. As escoltas hospitalares permanecem. O atendimento religioso, com observação de regras de restrição de contato, permanece.