A Japan Airlines, companhia aérea japonesa envolvida na colisão desta terça-feira, 02, em que um Airbus A-350 se chocou com um avião da Guarda Costeira local em Tóquio, é conhecida por um outro grave acidente e também pela morte de uma famosa atriz brasileira nos anos 1970.

Maior acidente com único avião

A colisão do voo 123 da Japan Airlines, em 12 de agosto de 1985, é o desastre mais fatal envolvendo um único avião e o segundo maior acidente aéreo da história da aviação, atrás apenas do Desastre aéreo de Tenerife. Os pilotos conseguiram manter a aeronave no ar com uma falha mecânica por 32 minutos até ela se chocar com uma montanha a 100km de Tóquio. Os 15 membros da tripulação e 505 dos 509 passageiros morreram. Posteriormente, as quatro vítimas também vieram a óbito em decorrência do acidente.

O voo partiu do Aeroporto de Haneda em Tóquio para o Aeroporto de Itami em Osaka. Um Boeing 747SR que operava essa rota sofreu uma súbita descompressão explosiva doze minutos depois da decolagem e caiu na área do Monte Takamagahara em Ueno, na Prefeitura de Gunma, a 100 km de Tóquio, quarenta e dois minutos depois da decolagem. O local do acidente foi no cume do Osutaka, perto do Monte Osutaka.

A Comissão de Investigação de Acidentes Aéreos do Japão concluiu oficialmente que a rápida descompressão foi causada por um reparo defeituoso por técnicos da Boeing após um incidente de um tailstrike durante um pouso no Aeroporto de Osaka em 1978. O anteparo traseiro do avião foi reparado com uma placa de junção instalada de forma inadequada, comprometendo a aeronavegabilidade do avião. A pressurização da cabine continuou a expandir e contrair o anteparo inadequadamente reparado até o dia do acidente, quando o reparo defeituoso falhou, causando uma descompressão rápida que arrancou uma grande parte do estabilizador vertical e causou a perda completa dos controles hidráulicos de todo o avião.

Morte de atriz brasileira

Outro acidente envolvendo a Japan Airlines ocorreu em 14 de junho de 1972, quando Douglas DC-8-53 caiu às margens do Rio Yamuna, Nova Delhi, matando 82 dos 87 ocupantes: 10 dos onze tripulantes e 72 dos 76 passageiros. Quatro pessoas no solo também foram mortas. Uma das vítimas era a atriz brasileira Leila Diniz.

O avião estava na rota Tóquio-Londres (Com escalas em Hong Kong, Bangkok, Nova Delhi, Teerã, Cairo, Roma e Frankfurt) quando o acidente ocorreu. O voo decolou no Aeroporto Internacional de Don Mueang em Bangkok às 11h21 UTC com destino ao Aeroporto Internacional de Palam em Nova Delhi. Às 14h43 UTC, o voo recebeu autorização para uma aproximação direta por ILS para a pista 28. O avião caiu nas margens do Rio Yamuna, logo após ter reportado estar à 23 milhas náuticas (43 km) de distância do DME.

Leila Diniz quebrou tabus de uma época em que a repressão dominava o Brasil, escandalizou ao exibir a sua gravidez de biquíni[4] na praia, para a câmera do fotógrafo Joel Maia na ilha de Paquetá, para a revista Cláudia.[5] Também chocou o país inteiro ao proferir a frase: Transo de manhã, de tarde e de noite. Considerada uma mulher à frente de seu tempo, ousada e que detestava convenções,[6] Leila foi invejada e criticada pela sociedade conservadora das décadas de 1960 e 1970 e por grupos feministas que consideravam que ela estava a serviço dos homens.