Como fica a divisão na Câmara com aumento do número de deputados

Os estados completados pelo aumento de representantes são Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina

Plenário da Câmara dos Deputados
Plenário da Câmara dos Deputados Foto: REUTERS/Adriano Machado

Com a aprovação do PLP (Projeto de Lei Complementar) 177/23 no plenário Câmara dos Deputados, na terça-feira, 6, o número de parlamentares da Casa aumenta de 513 para 531. Isso ocorreu em razão do crescimento populacional, e deve-se manter o tamanho das bancadas que perderiam representantes.

A mudança passará a valer a partir da legislatura de 2027. Agora o texto, de relatoria do deputado Damião Feliciano (União-PB), será enviado ao Senado Federal.

O projeto utiliza uma abordagem política em vez do cálculo diretamente proporcional, como previsto na Lei Complementar 78/93 — revogada pelo texto –, e prevê a criação de 18 novas cadeiras e sustenta que não deve prejudicar o orçamento da Casa.

Damião Feliciano argumentou que a perda de representantes significaria a perda de recursos em emendas parlamentares e aumento na desigualdade regional, pois somente o Nordeste perderia oito vagas.

O PLP se embasou também na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), em agosto de 2023, ordenando que o Congresso atualizasse até 30 de junho de 2025 a distribuição de cadeiras com base nos dados do último Censo de 2022. Se o prazo não fosse cumprido, caberia ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fazer a redistribuição.

Por outro lado, os setes estados que perderiam vagas para outros com essa redistribuição de cadeiras continuam com o mesmo número de deputados. São eles:

  • Rio de Janeiro (46 deputados) perderia quatro cadeiras;
    Paraíba (12), Bahia (39), Piauí (10) e Rio Grande do Sul (31) perderiam duas cadeiras cada um;
    Pernambuco (25) e Alagoas (9) perderiam uma cadeira cada um.

Veja os estados que terão aumento de vagas

Vagas na Câmara

Aumento de representantes na Câmara

Gastos com novos parlamentares

Segundo o relator do projeto, dados fornecidos pela cúpula da Câmara estimam que a ampliação de cadeiras custaria cerca de R$ 64,6 milhões anuais.

Porém, Damião ressaltou que a Casa comportaria essas despesas e, de acordo com a SOF (Secretaria de Orçamento Federal), o orçamento da Câmara em 2027 deve ter margem ainda maior para abrigar os custos.