28/11/2024 - 11:02
A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quarta-feira, 27, seis pessoas acusadas de integrar uma quadrilha que praticou o “golpe do amor” contra um idoso de 71 anos de Jari (RS) – município localizado a cerca de 375 quilômetros da capital gaúcha. De acordo com as autoridades, a vítima transferiu R$ 2 milhões aos criminosos entre 2022 e 2023.
Os suspeitos foram detidos em Ferraz de Vasconcelos (SP), Guarulhos (SP), Itaquaquecetuba (SP), Santo André (SP) e São Paulo (SP). Outras sete pessoas ainda são procuradas pelas autoridades. Os criminosos teriam se passado por uma investidora americana que viria ao Brasil visitar o idoso. A vítima acreditava estar em um relacionamento.
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A quadrilha mantinha um perfil falso que entrava em contato com a vítima e prometia enviar presentes a ele, mas o valor de impostos e tributos da alfândega deveriam ser depositados para que as encomendas chegassem até o endereço.
Junto com os suspeitos foram apreendidos documentos, aparelhos eletrônicos e cartões bancários. Valores em contas bancárias também foram bloqueados.
Depois de dois anos sofrendo com o golpe, o idoso percebeu que estava sendo vítima de estelionato e procurou a polícia do Rio Grande do Sul. Após apuração, as autoridades deram início a “Operação Dom Quixote” e identificaram 13 suspeitos de envolvimento na fraude.
O que é o “Golpe do Amor”
A prática ocorre quando um ou mais criminosos criam um perfil falso nas redes sociais ou em aplicativos de encontro e entram em contato com a vítima na intenção de “estabelecer um relacionamento”. Posteriormente, os suspeitos passam a pedir valores em dinheiro.
Em alguns casos, de acordo com a DAS (Divisão de Antissequestro) da Polícia Civil de São Paulo, os criminosos marcam um encontro que acaba em sequestro.
Para não cair no “golpe do amor”, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) recomenda:
- Optar sempre em fazer chamadas de vídeo para se certificar de que é a mesma pessoa do perfil;
- Não passar dados bancários durante as conversas pelos aplicativos de relacionamento;
- Pesquisar sobre a pessoa com quem está conversando e desconfiar se o perfil foi criado há pouco tempo e não contém muitas informações;
- Escolher sempre locais públicos para realizar os encontros e não ir caso a outra pessoa queira mudar o local para um “mais reservado”.
A Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) também instrui as pessoas a estarem atentas quando abordadas por um desconhecido nas redes sociais e refletir antes de enviar quantias em dinheiro após um pedido.