Não há dúvidas sobre a influência da alimentação na saúde. Na última semana mais um estudo apontou essa relação. Dessa vez, cientistas da Universidade de Bergen, na Noruega, publicaram na revista científica “Plos Medicine”, uma análise que sugere que certas mudanças na alimentação podem acrescentar até 13 anos de vida.

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Segundo os pesquisadores, todas as faixas etárias analisadas podem se beneficiar com a adoção desse hábito alimentar. No entanto, quando iniciado durante a juventude os resultados são melhores, visto que o ganho cai conforme a mudança tardia. As informações são do “R7”.

O estudo

O estudo estimou o acréscimo de tempo de vida ao aderir uma alimentação saudável e natural, à base de grãos integrais e leguminosas, como feijão e lentilha.

“A mudança sustentada de uma dieta típica [ocidental — rica em carne vermelha, açúcar e processados] para uma dieta otimizada desde tenra idade pode se traduzir em um aumento na expectativa de vida de mais de dez anos. Os ganhos são reduzidos substancialmente com o atraso no início das mudanças, principalmente quando se aproxima a idade de 80 anos”, concluíram os pesquisadores.

Embora os benefícios não sejam os mesmos, ter uma dieta balanceada entre a típica ocidental e a considerada saudável também pode elevar a longevidade, embora menor.

Para chegar a essa conclusão, o estudo analisou pesquisas anteriores, avaliando o impacto no risco de mortes prematuras para diferentes grupos alimentares, como frutas, vegetais, grãos, nozes, legumes, peixes, ovos, laticínios, carnes vermelhas e processadas e bebidas açucaradas.

A partir dos resultados obtidos, foi possível desenvolver uma espécie de calculadora de dieta, para avaliar em conjunto os benefícios dos alimentos pesquisados. A ferramenta deve ser utilizada tanto por profissionais, como médicos e legisladores, quanto pela população, para entenderem o impacto das escolhas alimentares.

Vale ressaltar que a pesquisa e, consequentemente, a calculadora, possuem limitações. Visto que alguns dos estudos analisados associam a ingestão de determinados alimentos e aumento ou redução da mortalidade, sem comprovação de relação de causalidade. Além disso, os resultados obtidos não consideram as diferenças de fatores de risco nem vulnerabilidade genética de algumas populações.