O Comitê Paralímpico Brasileiro divulgou os cinco finalistas do “Atleta da Galera”, categoria escolhida por meio do voto popular no Prêmio Paralímpicos 2019. A 9ª edição do troféu acontecerá em 17 de dezembro, às 20h, em São Paulo.

Estão na disputa aberta ao público a judoca Alana Maldonado, a nadadora Carol Santiago, o jogador de bocha José Chagas e os velocistas Petrúcio Ferreira e Verônica Hipólito. Para ser indicado, o atleta precisava estar ativo na temporada 2019 e ter participado de competição internacional sob convocação do CPB. O voto pode ser feito neste link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdkP4pz7CtaJSLVlBDD4XN5V84AJLZ_KCERsu7pvNq___K-eg/viewform

“Esta é uma das premiações mais acirradas desde a criação do ‘Atleta da Galera’. Além de grandes atletas, são pessoas incríveis, que tenho certeza que vão movimentar as redes sociais para tentar ganhar esta honraria. Qualquer um que levar será um grande representante do Movimento Paralímpico Brasileiro nesta temporada”, comentou Mizael Conrado, presidente do CPB.

O carioca Igor Barcelos, da bocha, foi o vencedor desse troféu no ano passado. Na edição de 2019, a definição dos finalistas a “Atleta da Galera” foi feita por cinco grupos, cada um elegeu um: o Conselho de Atletas do CPB, os jornalistas que cobriram os Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019, o corpo de colaboradores do CPB, as Loterias Caixa (patrocinadora de 11 modalidades) e a Braskem (patrocinadora do paratletismo).

Além do “Atleta da Galera”, o prêmio elegerá os melhores da temporada em cada modalidade paralímpica, melhores do ano por gênero, atleta revelação, além dos melhores técnicos de modalidades individuais e coletivas e clubes.

Também serão entregues o Prêmio Aldo Miccolis (um dos pioneiros do esporte adaptado no Brasil), que homenageia pessoas que dedicaram sua vida ao esporte paralímpico, e o Prêmio Personalidade Paralímpica, para quem contribuiu para o a modalidade na temporada.

Confira abaixo o perfil dos finalistas a Atleta da Galera:

Alana Maldonado – judô, classe B3 (baixa visão)

Em 2019, foi ouro no German Open de Judô; prata no Grand Prix de Judô IBSA – Baku 2019; ouro no Grand Prix de Judô IBSA – Tashkent 2019; prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e ouro no Grand Prix de Judô Paralímpico. Alana descobriu a doença de stargardt (perda gradativa da visão) aos 14 anos.

Carol Santiago – natação, classe S12 (baixa visão)

A pernambucana conquistou dois ouros e duas pratas no Mundial de Londres neste ano; quatro ouros nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Ainda, bateu dois recordes mundiais e três recordes das Américas. Carol nasceu com Síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão.

José Carlos Chagas – bocha, classe BC1 (tetraplégico)

Paralisado cerebral e com severo comprometimento motor, ele conquistou neste ano a prata por equipe no Mundial de Montreal; prata no individual e por equipe nos Jogos Parapan-Americanos de Lima; ouro por equipes e prata no individual no Boccia Americas Regional Championships de São Paulo. Alcançou a quinta posição no ranking mundial no fim de outubro.

Petrúcio Ferreira – atletismo, classe T47 (amputados membros superiores)

Sofreu acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo. O paraibano neste ano conquistou ouro nos 100m e nos 400m e prata no revezamento 4x100m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Também foi ouro nos 100m e nos 400m no Mundial de Atletismo em Dubai, onde bateu o recorde mundial nos 100m e se tornou o paralímpico mais rápido do mundo.

Verônica Hipólito – atletismo, classe T37 (paralisia cerebral)

Sofreu Acidente Vascular Cerebral (AVC) no início de 2013 que prejudicou parcialmente seus movimentos do lado direito. Na atual temporada, conquistou três pratas nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, nos 100m, nos 200m e no revezamento 4x100m.