MILÃO, 11 JUL (ANSA) – Em meio à polêmica sobre o destino do San Siro, o presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), Giovanni Malagò, cogitou nesta quinta-feira (11) a hipótese de realizar a abertura das Olimpíadas de Inverno de 2026, que serão sediadas por Milão e Cortina d’Ampezzo, em um novo estádio.   

O Milan e a Inter de Milão apresentaram nesta semana um projeto para demolir o San Siro e construir uma arena para 60 mil pessoas em um terreno adjacente, ao custo de 600 milhões de euros, financiados totalmente pela iniciativa privada.   

O estádio, no entanto, é de propriedade da Prefeitura, que pretende usá-lo na festa de abertura dos Jogos de Inverno de 2026, como está no dossiê oficial enviado ao Comitê Olímpico Internacional (COI).   

“O tema San Siro está nas mãos da Prefeitura e dos dois clubes.   

Para nós, qualquer coisa serve: seja o atual San Siro, obviamente melhorado e reformado, seja um novo San Siro, ainda que com capacidade inferior. Há flexibilidade”, garantiu Malagò.   

O dossiê de Milão-Cortina 2026 prevê a venda de 80 mil ingressos para a festa de abertura, um terço além da capacidade prevista no projeto apresentado por Milan e Inter. “O San Siro não será um problema para nós”, reforçou Malagò.   

O projeto do novo estádio tem prazo de conclusão previsto para 2023, três anos antes das Olimpíadas. A iniciativa, no entanto, encontra resistência no mundo político, do ministro do Interior Matteo Salvini, torcedor do Milan, ao prefeito Giuseppe Sala.   

“O uso do San Siro nos Jogos está no dossiê olímpico, e acho difícil não manter essa promessa”, declarou Sala, acrescentando, contudo, que ouvirá os dois clubes. (ANSA)