Comissão pede prisão de presidente da Coreia do Sul após decretação de lei marcial

Investigadores afirmam ter evidências de insurreição de Yoon Suk Yeol após decreto que restringiu diretos no começo do mês

Comissão pede prisão de presidente da Coreia do Sul após decretação de lei marcial

O Comitê Anticorrupção da Coreia do Sul informou nesta segunda-feira, 30, que entrou com um pedido de prisão contra o presidente Yoon Suk Yeol por insurreição, após a decretação da lei marcial. O pedido será analisado pelo Tribunal Distrital Ocidental de Seul.

Yoon Suk Yeol decretou a lei marcial no início do mês, sob a justificativa de combater supostas ameaças da Coreia do Norte. A medida, que restringe direitos e concede amplos poderes ao chefe de Estado, permaneceu em vigor por apenas seis horas.

A ordem de prisão foi solicitada após a Justiça tentar colher pelo menos três depoimentos de Yoon Suk Yeol. Ele não compareceu a nenhuma das convocações e não apresentou justificativas para suas ausências.

Caso o pedido seja acatado, Yoon Suk Yeol será o primeiro presidente em exercício a ser preso na história da Coreia do Sul. Outros ex-presidentes já foram detidos e condenados, mas todos fora do mandato. Se condenado, o presidente sul-coreano poderá enfrentar penas severas, que incluem até a pena de morte.

Além da investigação por insurreição — definida como um ato de rebeldia contra o governo estabelecido —, Yoon Suk Yeol é alvo de um processo de impeachment no parlamento sul-coreano. Ele está afastado do cargo desde o início do mês.

O comando interino do governo está nas mãos do primeiro-ministro Han Duck-soo, que também está sendo investigado por seu envolvimento no caso. O parlamento sul-coreano abriu um processo de impeachment contra Duck-soo, acusando-o de favorecer Yoon Suk Yeol ao não nomear juízes para conduzir a investigação contra o presidente afastado.