A defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, foi derrotada ao tentar trazer à comissão do impeachment o procurador do Ministério Público Federal (MPF) que escreveu um parecer pedindo o arquivamento da denúncia contra a presidente relativa às pedaladas fiscais. A Comissão Especial do Impeachment não acatou o pedido.

A defesa argumenta que o parecer do procurador Ivan Claúdio Marx trata de um fato novo e fundamental para a defesa, já que alega que não há crime nas pedaladas fiscais, principal acusação contra Dilma Rousseff.

A relatoria e a presidência da Comissão, entretanto, concluíram que não havia como o processo voltar à fase probatória e que novas testemunhas não poderiam ser ouvidas após a entrega das alegações finais, que foi feita semana passada.

A defesa recorreu ao plenário da Comissão, mas a maioria dos senadores, que são da base do presidente em exercício, Michel Temer, seguiu a orientação do relator e negou a presença do procurador.

O relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) lê nesta tarde o parecer em favor do impeachment. O relatório será discutido na quarta-feira e votado pela comissão na próxima quinta-feira, 4, e só então segue para o plenário do Senado. A previsão é que o julgamento final da presidente se inicie em 29 de agosto e dure, pelo menos, uma semana.