A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou a admissibilidade das emendas de relator-geral no projeto, que somam R$ 3,304 bilhões. Esse montante poderá crescer ainda nesta quinta-feira, 25. Os recursos poderão ser negociados ao longo do ano pelo Executivo com os parlamentares para destinar recursos aos redutos eleitorais dos deputados e senadores.

Na semana passada, o Congresso derrubou um veto do presidente Bolsonaro abrindo caminho para o pagamento obrigatório das emendas de relator. Parlamentares do Centrão pressionam por mais recursos. Governistas afirmam que Bittar apresentará uma complementação do relatório, ainda nesta quinta-feira, 25, fazendo mais concessões. Até agora, congressistas emplacaram um total de R$ 22,2 bilhões em emendas para este ano, somando as indicações individuais, de bancada, comissões e relator.

Do total de emendas com o carimbo do relator do Orçamento, senador Marcio Bittar (MDB-AC), aprovadas até o momento, R$ 1,335 bilhão é vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional.

A pasta, comandada pelo ministro Rogério Marinho, é uma das ferramentas de Bolsonaro para emplacar obras no Nordeste e recuperar índices de popularidade. Os partidos do Centrão no Congresso agem para carimbar esses recursos e negociar a destinação.

A CMO deve aprovar o Orçamento ainda nesta quinta-feira, mas há um movimento da oposição para obstruir a sessão e pedir mais recursos para saúde e educação.

O Congresso convocou duas sessões de plenário para votar o projeto à tarde, uma para deputados e outra para senadores. Depois disso, a peça orçamentária seguirá para sanção do presidente da República.