A reunião da Comissão Processante do Impeachment no Senado começou nesta segunda-feira (13) com a aprovação de requerimentos para que fossem dispensadas quatro testemunhas de defesa. As dispensas foram solicitadas por três senadores que defendem impeachment. O intuito, segundo assessores dos parlamentares, é agilizar os depoimentos.

A dispensa das testemunhas, que foram convidadas por senadores, gerou protestos da defesa da presidente afastada Dilma Rousseff. A defesa alegou não ter incluído os nomes da ex-secretária de Orçamento Federal Ester Dwek e do ex-subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional Marcus Pereira Aucélio, dois dos dispensados, porque eles já constavam da lista dos senadores.

Os outros dois dispensados foram o ex-secretário do Tesouro Nacional Marcelo Barbosa Saintive e o ex-coordenador-geral de Programação Financeira do Tesouro Nacional Marcelo Pereira de Amorim.

O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, protestou contra a dispensa das duas testemunhas, e o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), concedeu prazo de 24 horas para que ele reformule sua lista de testemunhas arroladas para incluir esses dois nomes, retirando outros, se desejar.

A defesa também protestou contra a imposição do limite de 3 minutos para as respostas das testemunhas. Cardozo alegou que entendia a imposição de limite para as perguntas dos senadores, mas não para as repostas. Lira, então, leu a resposta do presidente do processo, Ricardo Lewandowski, a um recurso sobre esse tema, na qual o ministro do STF mantém a validade do limite de tempo para as testemunhas.