Após mais de quatro horas de discussão, a comissão especial do impeachment começou a ouvir a primeira testemunha indicada pela acusação, o procurador do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira.
O procurador é responsável pelas representações que levaram o TCU a condenar as pedaladas fiscais e a edição de decretos orçamentários irregulares. O nome de Júlio foi indicado pelos autores do processo de impeachment, os juristas Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.
Esta é a segunda vez que ele é ouvido no colegiado, a primeira foi no dia 2 de maio. Logo no início da sua fala, o procurador afirmou que, durante o governo da presidente afastada Dilma Rousseff, os bancos públicos eram usados como “cheque especial” pelo Executivo. Depois de Júlio, será ouvido o auditor do Tribunal de Contas, Antonio Carlos Costa D’Ávila Carvalho.
Em seguida, também serão questionadas testemunhas indicadas pelos senadores aliados do presidente em exercício Michel Temer. Do quadro de operação de crédito da Secretaria do Tesouro Nacional, falam Rogério Jesus Alves Oliveira, Adriano Pereira de Paula e Otávio de Medeiros.
De acordo com um normativo do colegiado, os convidados não têm tempo para fazer uma exposição inicial, apenas devem responder às perguntas do relator, dos parlamentes, dos denunciantes e da defesa, nesta ordem – cada um tem até três minutos para os questionamentos. Já as testemunhas terão outros três minutos para responder. Se houver necessidade, haverá réplica, mas sem novas perguntas.