A Abrasce (associação de shopping centers), o IDV (Instituto do Varejo) e outras entidades do comércio enviaram cartas para o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, com críticas ao “aumento expressivo das taxas” de juros de bancos. O setor projeta um desempenho ruim neste ano por causa da pandemia do novo coronavírus. As informações são do Valor Econômico.

As cartas ao Banco Central alertam que as taxas tiveram aumentos “superiores a 50% e, em alguns casos, acima de 70% em operações habituais do varejo, como capital de giro, conta garantida, antecipação de recebíveis, risco sacado, empréstimos 4131 [em moeda estrangeira], entre outras operações”. As associações pedem linhas de crédito para as franquias que podem ser pagas em até 60 meses e com carência de dois anos.

Já para o ministro Paulo Guedes, as associações pedem que o Banco Central evite uma “elevação desmedida dos juros” e que impeçam “solicitações desproporcionais de garantias que inviabilizam o acesso às operações de crédito já existentes no mercado”. Além disso, as entidades pedem o refinanciamento de impostos federais e a suspensão do pagamento de tributos, como  PIS e Cofins, por 80 dias, para serem quitados em 2021 em 12 parcelas, sem juros.