O julgamento dos sete acusados de participação na morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas começou nesta segunda-feira, 18, às 8h30, em São José dos Pinhais (PR), na região metropolitana de Curitiba. A informação foi confirmada à IstoÉ pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná), responsável pela acusação.

A sessão contará com um júri popular em que sete indivíduos são sorteados para compor um Conselho de Sentença. Eles ficam impedidos de manter comunicação entre si ou com pessoas de fora, além de não poderem manifestar opinião sobre o caso.

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Resumo:

  • Daniel foi assassinado em outubro de 2018 depois de ir à residência de Edison Brittes após uma festa. O homem acusou o atleta de ter tentado estuprar Cristiane Brittes, o que foi negado pelas autoridades;
  • Após ser agredido pelo anfitrião e convidados, o futebolista foi colocado em um porta-malas e levado a uma área de mata de São José dos Pinhais;
  • O corpo do jogador foi encontrado com o órgão genital decepado e cortes profundos no pescoço. Sete pessoas foram acusadas de envolvimento no crime.

Daniel Corrêa Freitas era um futebolista que atuava no São Bento por empréstimo do São Paulo, o jovem teve passagens pelo Botafogo antes de se transferir ao clube paulista. O jogador foi morto no dia 27 de outubro de 2018. O corpo da vítima foi encontrado em uma área de mata de São José dos Pinhais com o órgão genital decepado e um corte profundo no pescoço.

O jogador teria sido assassinado após comparecer à festa de 18 anos de Allana Brittes. Depois da celebração, o atleta teria ido à casa da família da jovem e sido flagrado pelo pai da aniversariante, Edison Brittes, deitado em uma cama com sua esposa, Cristiane Brittes. Na ocasião, o futebolista chegou a enviar fotos ao lado da mulher em um grupo de Whatsapp.

Com a alegação de que Daniel teria tentado estuprar a mulher, Edison o agrediu com auxílio de outros convidados. Após a violência, a vítima foi colocada no porta-malas de um carro e levada à área de mata em que foi assassinada.

As autoridades negaram a versão de Edison, acrescentando que Daniel estaria embriagado. Após ser detido, o indivíduo alegou em cartas a familiares estar sofrendo tortura na prisão de Piraquara.

Nesta segunda-feira, 18, serão julgados sete réus, Edison Brittes, Ygor King, David Willian Vollero da Silva e Eduardo Henrique da Silva, acusados de homicídio triplamente qualificado, além de Cristiane Brittes, denunciada por assassinato, coação de testemunhas e fraude processual, Allana Brittes, que responde por fraude processual, coação de testemunhas e corupção de menores, e Evely Perusson, que teria dado falso testemunho.

Em contato com a IstoÉ, o TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) informou que a ordem da sessão será iniciada pelo MP-PR, defesa, interrogatório e debate com os sete acusados.

Ainda conforme o tribunal, serão atribuídas duas horas e meia para a defesa e o mesmo tempo aos acusados. Caso o juiz veja necessidade de réplica ou tréplica, mais duas horas serão acrescidas para ambas as partes.

*Com informações do Lance!, Estadão e ANSA