ROMA, 09 MAR (ANSA) – Começou nesta segunda-feira (9), em Amsterdã, nos Países Baixos, o julgamento de quatro acusados pela queda do voo MH17, da Malaysia Airlines, derrubado enquanto sobrevoava a Ucrânia no dia 17 de julho de 2014. A explosão matou 298 pessoas.   

Os russos Igor Girkin, Sergey Dubinskiy e Oleg Pulatov e o ucraniano Leonid Kharchenko não compareceram à primeira audiência, mas os cinco juízes que analisarão o caso no Tribunal de Schiphol decidiram que o julgamento seguirá mesmo com a ausência deles e que, caso necessário, serão aceitos depoimentos em vídeo.   

É estimado que todo o processo demore até cinco anos. Ao abrir a sessão desta segunda, o juiz Hendrik Steenhuis afirmou que o “desastre atroz” foi uma “trágica perda de vidas humanas de todas as partes do mundo”. Ao todo, serão analisadas mais de 36 mil páginas de relatórios e documentos, além de vasta documentação multimídia.   

Dos 298 mortos, 196 eram neerlandeses e, por este motivo, a Justiça dos Países Baixos fez a mais complexa investigação de sua história. Desde o dia da tragédia, a Rússia é acusada de envolvimento no caso por ter transportado para a Ucrânia, que vive um conflito separatista, o sistema de disparo de mísseis Buk.   

Ele teria sido usado a partir de uma base em Kursk e, posteriormente, devolvido aos russos. No entanto, Moscou sempre negou qualquer envolvimento com o caso.   

Histórico – O Boeing 777 partiu de Amsterdã com destino à cidade de Kuala Lumpur, na Malásia, e foi abatido por um míssil enquanto sobrevoava o leste da Ucrânia, área de domínio de rebeldes separatistas pró-Rússia Ao todo, havia pessoas de 10 nacionalidades diferentes no voo MH17. (ANSA)