BERLIM, 19 JAN (ANSA) – A Conferência Internacional sobre a Líbia, que tenta encontrar soluções para pacificar e garantir a estabilidade no país, teve início neste domingo (19), em Berlim, na Alemanha. A cúpula reúne representantes de nações envolvidas no conflito, como Turquia e Rússia, além de algumas organizações internacionais. A Itália é representada pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte e pelo chanceler Luigi Di Maio, enquanto os Estados Unidos enviou o secretário de Estado Mike Pompeo. Os dois protagonistas da crise no território líbio, o primeiro-ministro Fayez al-Sarraj e o marechal Khalifa Haftar, também estão presentes. A expectativa é de que, ao término do encontro, seja divulgada uma declaração comum. De acordo com a imprensa alemã, o general e o premier da Líbia chegaram a conversar separadamente com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, antes do início da cúpula.   

Mais cedo, Sarraj afirmou estar decepcionado com as diferenças de posição na Europa sobre a questão da Líbia, principalmente com a França mais favorável ao rival Haftar, e disse esperar que a União Europeia (UE) seja “autocrítica”.   

“Esperávamos que a UE adotasse uma posição clara contra a ofensiva de Khalifa Haftar e ajudasse a resolver a crise atual.   

Infelizmente, a Europa até agora desempenhou um papel muito modesto, embora alguns países tenham um relacionamento especial com a Líbia e sejam nossos vizinhos com muitos interesses em comum”, acrescentou o premier líbio.   

Para o presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, por sua vez, a cúpula é uma “etapa importante para consolidar o cessar-fogo e avançar em uma solução política” na Líbia. “As esperanças nascidas com o cessar-fogo e a cúpula de Berlim não devem ser sacrificadas pelas ambições dos partidários do sangue e do caos”, ressaltou Erdogan, ainda no aeroporto de Istambul antes de seguir para Berlim. Além de buscar a estabilidade na Líbia, a reunião deve debater o fim das ingerências externas e um embargo sobre vendas de armas para o país. “Para a venda de armas, o único caminho é o diálogo. A União Europeia deve falar a uma só voz”, afirmou Di Maio, expondo a posição italiana, após um encontro paralelo com Conte e Pompeo.   

(ANSA)