Começou às 10h03 a reunião de Análise de Mercado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Na tarde desta terça-feira, 29, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores da instituição ainda participam da reunião de Análise de Conjuntura, também no âmbito do Copom.

Na quarta-feira, 30,, eles têm mais uma rodada de discussões antes de indicarem o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 5,50% ao ano.

Em meio à fraqueza da economia e aos índices controlados de inflação, a expectativa majoritária do mercado financeiro é de que a Selic passe por um novo corte de 0,50 ponto porcentual – o terceiro no atual ciclo de baixa da taxa básica.

De um total de 48 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperam por um corte de 0,50 ponto, para 5,00% ao ano. Para o fim de 2019, as estimativas para a Selic variam entre 4,00% e 4,75%.

Em setembro, o Copom cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 6,00% para 5,50% ao ano. Foi a segunda redução consecutiva da taxa básica. No comunicado sobre a decisão, o BC avaliou que o cenário externo, apesar de incerto, está favorável para países emergentes.

Além disso, reconheceu avanços nas reformas econômicas e divulgou projeções comportadas de inflação para 2019 e 2020. Neste contexto, a instituição também indicou que pode promover novos cortes na Selic. Estas mensagens foram reforçadas pela ata do encontro e pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI), documentos publicados posteriormente.

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As projeções mais recentes do BC, considerando o cenário de mercado, apontam para inflação de 3,3% em 2019 e 3,6% em 2020 – dentro das metas estabelecidas para os anos. Estes porcentuais, no entanto, serão atualizados na próxima quarta-feira, após a reunião do Copom. No Relatório de Mercado Focus, as projeções para o IPCA estão em 3,29% e 3,60%, respectivamente.

Entre os dados de atividade mais recentes no Brasil, o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) mostrou elevação de 0,07% em agosto. No acumulado do trimestre encerrado em agosto, o indicador apresentou alta de 0,90%.

Já o IPCA – o índice oficial de inflação – segue comportado. O índice de setembro indicou deflação de 0,04%. Em 12 meses até setembro, a taxa acumulada é positiva, de 2,63%.


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