Intensos combates entre uma força regional e o grupo Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP) deixaram dezenas de mortos, entre eles pelo menos 25 soldados e mais de 40 extremistas – informaram fontes de segurança nesta quinta-feira (1º).
Combatentes do ISWAP, braço do grupo Boko Haram, leal ao Estado Islâmico (EI), chegaram em picapes no amanhecer de segunda-feira aos arredores da cidade de Baga, às margens do lago Chade, no extremo nordeste da Nigéria.
“Os ‘terroristas’ mataram cerca de 20 soldados nigerianos e cinco chadianos em intensos combates, nos quais também morreram 47 terroristas”, disse uma fonte militar que pediu para não ser identificada.
Integrada por soldados de países vizinhos para lutar contra o Boko Haram na região do lago Chade, a Força Regional Conjunta (MNJTF) publicou na segunda-feira um comunicado, no qual dizia ter abatido dez extremistas e perdido um único soldado.
Segundo diferentes fontes ouvidas pela AFP, porém, esse balanço é muito maior.
Uma outra fonte militar disse que os combatentes do ISWAP lançaram um primeiro ataque contra a base de Baga, onde foram repelidos. Na fuga, continuaram a luta contra um comboio militar que chegou de Maiduguri, capital do estado de Borno.
A base naval de Baga, às margens do lago, onde os combatentes extremistas voltaram a se reunir, foi alvo de frequentes ataques desde 2014. O último aconteceu em dezembro passado.
Desde julho de 2018, o ISWAP intensificou seus ataques contra as bases militares do nordeste nigeriano.
A insurreição do Boko Haram começou em 2009. À época, durante confrontos com forças de segurança no nordeste da Nigéria, foram abatidas centenas de partidários da seita islamista, assim como seu então líder, Muhamed Yussuf.
Em uma década, o conflito deixou quase 27.000 mortos, provocou o deslocamento de mais de dois milhões de habitantes e se propagou para países vizinhos.