Comandantes das forças especiais britânicas ocultarma possíveis crimes de guerra no Afeganistão entre 2010 e 2013, disse um ex-oficial de alta patente em um inquérito público que investigou as alegações, segundo as evidências divulgadas nesta segunda-feira.
A investigação independente, aberta em 2023, examina acusações contra as forças especiais, em particular sobre o assassinato de mulheres e crianças, além de suspeitas de execuções de homens “em idade de combate” que não representavam ameaça.
Nesta segunda-feira, foram divulgados resumos de audiências realizadas a portas fechadas, incluindo o depoimento de um oficial superior, identificado pelo codinome N1466.
Este oficial, que integrou o comando das forças especiais, afirmou ter transmitido o que qualifica como provas que sugeriam um “comportamento criminoso” ao diretor das forças especiais da época, em 2011.
O oficial acrescenta que o diretor das forças especiais que o sucedeu, em 2012, também não tomou nenhuma atitude.
Trata-se do oficial de maior patente a afirmar que as provas de crimes de guerra foram deliberadamente ocultadas.
“Fiquei perturbado com o que suspeitava firmemente ser a execução ilegal de pessoas inocentes”, declarou.
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