Por causa da votação do pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, o governo ganhou tempo para tentar reverter o risco de a Câmara dos Deputados desmembrar o projeto de lei complementar 257, que trata do refinanciamento das dívidas dos Estados, deixando para depois toda a parte estrutural do ajuste fiscal de União e Estados. O relator da matéria, deputado Espiridião Amin (PP-SC), disse ao jornal O Estado de S. Paulo que não apresentará nesta quarta-feira, 6, seu texto substitutivo.

“Avaliou-se que ele não será votado hoje, nem esta semana”, comentou o parlamentar. Ele, porém, mantém a inclinação de desmembrar o texto, contrariando o desejo do governo. “Mas, como vamos negociar, eu não vou apresentar o substitutivo hoje.”

A expectativa do secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, com quem Amin se reuniu há pouco, é que o projeto possa ser votado em duas semanas. Até lá, haverá uma série de reuniões técnicas para buscar uma solução para o impasse.

Confirme publicou o jornal O Estado de S. Paulo em sua edição desta quarta, o governo não aceitará apenas alongar o prazo das dívidas dos Estados. Sem as contrapartidas de ajuste, o alívio financeiro não será concedido.


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