As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, com perdas nos principais mercados da região, à medida que tensões comerciais voltaram à tona com a decisão dos EUA de aplicar tarifas a importações de aço e alumínio do Canadá, do México e da União Europeia.
Ontem, o Secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, anunciou que as tarifas – de 25% e 10% sobre o aço e o alumínio, respectivamente – entram em vigor a partir de hoje, depois que a Casa Branca não conseguiu chegar a um acordo para isentar seus aliados da tarifação permanentemente.
Autoridades do Canadá, do México e da UE, que ficaram temporariamente isentos das tarifas globais que os EUA anunciaram em março, prometeram retaliação contra Washington.
Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,66% hoje, a 3.075,14 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 1,20%, a 1.746,33 pontos, depois de terem cerca de 230 ações adicionadas aos índices MSCI.
Em Tóquio, o Nikkei teve leve perda de 0,14%, a 22.171,35 pontos, encerrando a semana com queda de 1,24%. Pesaram nos negócios do mercado japonês ações de fabricantes de cosméticos e de outros bens de consumo.
Apesar da piora da perspectiva comercial global, houve avanços no cenário político. Na Itália, foi anunciado ontem um acordo para a formação de um novo governo que evitará a convocação de novas eleições, depois do pleito de resultado inconclusivo do início de março.
Desta forma, alguns mercados da Ásia terminaram o dia no azul. O Hang Seng mostrou ganho marginal de 0,08% em Hong Kong, a 30.492,91 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,66% em Seul, a 2.438,96 pontos, e o Taiex avançou 0,68% em Taiwan, a 10.949,08 pontos, com os dois últimos índices sustentados por ações de tecnologia.
Na Oceania, a bolsa australiana foi pressionada por papéis financeiros e de petrolíferas, e o S&P/ASX 200 caiu 0,36% to 5.990,40 pontos. Na semana, a perda do índice foi de 0,70%. Com informações da Dow Jones Newswires.