O Bahia teve um homem a mais desde os primeiros minutos de jogo, mas não encontrou facilidade para derrotar um Cruzeiro já desfalcado nesta quinta-feira. O gol solitário de Edigar Junio, também no início, garantiu o suado triunfo por 1 a 0 em plena Fonte Nova, em um confronto que se desenhava mais fácil para os donos da casa, mas que de qualquer forma garantiu mais três pontos no Campeonato Brasileiro.

Quando Henrique foi expulso logo aos nove minutos com o Bahia já superior em campo, a vitória parecia garantida aos donos da casa. Mas depois de marcar o primeiro gol, o time tricolor se fechou, o Cruzeiro ganhou força e chegou a ameaçar o resultado. Na melhor oportunidade mineira, Matheus Reis evitou gol certo de Thiago Neves no início do segundo tempo, quase em cima da linha.

Mas nada impediu a festa da torcida na Fonte Nova. Afinal, o triunfo levou o Bahia a nove pontos, fechando a quinta rodada do Brasileirão na sexta colocação. Na próxima segunda-feira, a equipe terá a difícil missão de encarar o embalado Grêmio em Porto Alegre.

Ao Cruzeiro, restou o alento de ver uma equipe valente e bem postada no segundo tempo, mas a segunda derrota seguida acendeu o sinal de alerta e tornou obrigatória uma vitória sobre o Atlético-GO, domingo em casa. O time celeste estacionou nos sete pontos e é o décimo na tabela.

O Cruzeiro entrou em campo com uma lista extensa de desfalques, sendo três somente na zaga. Sem Caicedo, Manoel e Dedé, Mano optou por escalar Henrique improvisado no setor, e a experiência não deu nada certo. Perdido na defesa, o time visitante acumulou erros que seriam fatais para o resultado.

Nos primeiros minutos, foram Léo e Diogo Barbosa que saíram jogando errado na retaguarda e quase entregaram o primeiro gol ao Bahia. Mas aos nove, Henrique cochilou na marcação e viu Edigar Junio disparar. Para evitar o gol, o calçou por trás e foi expulso pelo árbitro.

A falta, à beira da área, em nada resultou, mas a ausência de um homem na defesa foi fundamental para o primeiro gol do Bahia. E em mais um cochilo cruzeirense. Aos 16, Zé Rafael sofreu de Ezequiel falta na intermediária. Enquanto a equipe do Cruzeiro reclamava, o próprio meia tabelou com Allione, que foi à linha de fundo e cruzou para trás. Fábio não alcançou e Edigar Junio cabeceou para a rede.

Mano não refez a defesa com alteração imediatamente, optando por reposicionar Ariel Cabral. Minutos depois, porém, colocou o jovem zagueiro Murilo na vaga de Ábila. E surpreendentemente o Cruzeiro cresceu. Sem um homem fixo, os meias passaram a incomodar, ao mesmo tempo em que o Bahia passou a ceder espaço, talvez sonhando com um contra-ataque.

Aos 35, o Cruzeiro quase empatou. Diogo Barbosa recebeu pela esquerda, foi à linha de fundo e tocou para trás. Robinho chegou de carrinho e parou na ótima defesa de Jean. A resposta veio pouco depois. Aos 40, Juninho cobrou falta da intermediária e acertou a trave de Fábio.

Por ordem dos técnicos ou não, o Cruzeiro voltou para o segundo tempo tomando conta da partida, enquanto o Bahia se limitava a defender. Exceção feita a duas chegadas dos donos da casa com Zé Rafael e Allione, o time mineiro era quem ocupava o campo de ataque.

E assim, quase chegou ao empate aos 14 minutos. Diogo Barbosa roubou pela esquerda, Robinho tabelou com Thiago Neves e devolveu para o meia. Praticamente sem goleiro, ele bateu firme, mas Matheus Reis desviou quase em cima da linha e tirou.

Thiago Neves e, principalmente, Alisson davam trabalho à defesa baiana, mas aos poucos o Cruzeiro cansou e o Bahia cresceu, ganhando novamente o campo de ataque. Aos 27, Matheus Reis cruzou e Edigar Junio desviou de leve. A bola ainda tocou em Murilo e acertou a trave de Fábio. Já aos 42, foi a vez do estreante Mendoza tentar de fora da área, com estilo, e levar muito perigo.

FICHA TÉCNICA:

BAHIA 1 X 0 CRUZEIRO

BAHIA – Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Matheus Reis; Renê Júnior, Juninho, Allione (Mendoza), Zé Rafael (Feijão) e Vinícius (Gustavo Ferrareis); Edigar Junio. Técnico: Jorginho.

CRUZEIRO – Fábio; Ezequiel, Henrique, Léo e Diogo Barbosa; Lucas Romero, Ariel Cabral, Robinho (Elber), Thiago Neves (Rafinha) e Alisson; Ábila (Murilo). Técnico: Mano Menezes.

GOLS – Edigar Junio, aos 16 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Wagner do Nascimento Magalhães (Fifa/RJ).

CARTÕES AMARELOS – Renê Júnior, Vinícius, Eduardo, Tiago (Bahia); Ábila, Ezequiel (Cruzeiro).

CARTÃO VERMELHO – Henrique (Cruzeiro).

RENDA – R$ 435.360,50.

PÚBLICO – 18.917 pagantes.

LOCAL – Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).