O jogo entre Pinheiros e Pato Basquete, neste domingo, no ginásio Henrique Villaboim, em São Paulo, será uma homenagem ao Dia da Mulher. E um marco. O NBB terá pela primeira vez um trio de arbitragem formado por mulheres. Além disso, a Liga Nacional de Basquete organizou uma transmissão 100% feminina, uma repetição do que aconteceu na mesma data no ano passado. A partida será exibida pelo Facebook.

As árbitras serão Andreia Regina Silva, Maria Cláudia Comodaro e Juliana Roveri. Fora de quadra, Crislaine Fernandes Alves ficará responsável pelo Instant Replay, recurso que pode ser utilizado para tirar dúvidas em alguns lances. A representante do jogo será Danielle Cicerelli Salemme.

“Recebi a escala com muita alegria e, claro, sabendo que teremos uma grande responsabilidade. Quando vi os nomes de três mulheres e toda a equipe também sendo composta por mulheres, logo me dei conta de que seria a primeira vez que isso aconteceria no NBB. E, para mim, como mulher e árbitra, que muitas vezes escuto frases machistas de algumas torcidas, foi uma notícia e uma oportunidade única”, afirmou Maria Cláudia Comodaro ao Estado.

Para Maria Cláudia, o jogo entre Pinheiros e Pato Basquete será um marco. “Acredito que chegamos a um ponto que qualquer mulher, em qualquer profissão, quer ser vista como uma excelente profissional, independentemente de gênero. Com certeza estamos nos preparando para dar o melhor de nós dentro de quadra e espero que esse seja mais um passo para mostrar que lugar de mulher é onde ela quiser e quem sabe, em um futuro próximo, escalas assim possam se tornar mais cotidianas e normais.”

A transmissão terá novamente 100% uma equipe feminina. A narração será de Luciana Mariano, da ESPN, com comentários da ex-jogadora Helen Luz, campeã do mundo pela seleção brasileira em 1994. A dupla de repórteres será formada por Luiza Oliveira, da Band, e Giovanna Terezzino, do NBB.

“É muito gratificante participar de uma transmissão com tantas profissionais incríveis. Sabemos que o ambiente esportivo ainda é considerado masculino, então estar em uma entidade que entende a importância de dar voz e visibilidade para mulheres que fazem seu trabalho de forma brilhante me deixa extremamente feliz e realizada. No NBB, temos mulheres que coordenam, que fazem reportagem, que apitam, que narram, e isso só demonstra o quanto nós de fato buscamos a igualdade e corremos por isso no dia a dia”, afirmou Giovanna Terezzino, que também é coordenadora de conteúdo do NBB.