O São Paulo conseguiu o objetivo mais importante da noite desta segunda-feira que era vencer na estreia do Campeonato Brasileiro ao derrotar o Paraná por 1 a 0, no Morumbi. Era fundamental ganhar em casa de um rival que volta à Série A depois de dez anos. A maneira como o triunfo foi construído, no entanto, deixou um sentimento de frustração na torcida. O gol da vitória foi feito pelo zagueiro Bruno Alves, de cabeça, mas o time não teve uma atuação consistente e correu riscos diante de 11 mil torcedores.

Depois de seis jogos consecutivos por mata-matas (Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana), o técnico Diego Aguirre enfrentou uma partida de um torneio por pontos corridos, o que teoricamente poderia trazer tranquilidade. Mas o time se mostrou nervoso na parte final do duelo.

Diego Aguirre escalou um time misto. Arboleda, Liziero, Petros e Tréllez foram poupados para o jogo de quinta-feira, contra o Atlético-PR, pela Copa do Brasil. Com isso, o público presente ao Morumbi viu jogadores que não vinham atuando, como Brenner, escalado pela primeira vez como titular pelo novo treinador. Na lateral esquerda, outra novidade: o treinador escalou Régis, lateral ambidestro que chegou do São Bento, para jogar por ali – diante do Rosario Central, pela Copa Sul-Americana, ele atuou pelo lado direito.

Com essa escalação modificada, o time teve dificuldades para se encontrar em campo. A primeira chance de gol surgiu após um escanteio. O goleiro Richard saiu mal, ficou vendido, mas Brenner tocou para fora. Foram poucos momentos mais agudos. No final do primeiro tempo, a equipe perdeu o ímpeto inicial e as jogadas ficaram mais lentas e previsíveis. A torcida tentou aquecer o time no mesmo tempo em que Aguirre pediu intensidade na beira do campo.

Cueva entendeu que os recados eram também para ele e acordou no jogo. Não brilhante, mas fez o que espera dele: o toque de criatividade. Perto dos 30 minutos, ele deu um passe entre as pernas do zagueiro e Lucas Fernandes chutou em cima do goleiro. Aos 36, o peruano teve participação ainda mais importante. Ele cobrou falta na pequena área e Bruno Alves desviou para abrir o placar.

Dez anos distante da Série A, os paranaenses deixaram evidente a estratégia de esperar atrás da linha bola e especular um contra-ataque. O time não se intimidou no Morumbi, mas não tinha força para incomodar o dono da casa. O técnico Rogério Micale, que conquistou a medalha de ouro com a seleção brasileira nos Jogos do Rio, vai lutar apenas para se manter na Série A com o Paraná.

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No segundo tempo, o São Paulo ficou mais vívido no ataque graças à entrada de Valdívia no lugar de Lucas Fernandes. Não houve grandes chances de gol, mas o time se tornou mais dinâmico e menos previsível. O Paraná criou uma boa alternativa com Silvinho em cima do lateral Militão, pelo lado direito. Com isso, o jogo ficou perigosamente aberto para o time da casa. Cueva foi vaiado quando deu lugar para Nenê. E o São Paulo assegurou o triunfo magro na estreia.

Na segunda rodada, no domingo, o São Paulo vai visitar o Ceará, no Castelão. No mesmo dia, o Paraná receberá o Corinthians no Durival de Brito.

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 1 x 0 PARANÁ

SÃO PAULO – Sidão; Militão, Rodrigo Caio, Bruno Alves e Régis; Jucilei, Hudson, Lucas Fernandes (Valdívia) e Cueva (Nenê); Brenner (Junior Tavares) e Marcos Guilherme. Técnico: Diego Aguirre.

PARANÁ – Richard; Alemão, Jesiel, Rayan e Mansur (Baez); Wesley Dias, Leandro Vilela (Thiago Santos) e Caio Henrique; Silvinho, Carlos Eduardo e Diego. Técnico: Rogério Micale.

GOL – Bruno Alves, aos 36 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS – Régis, Vilela, Thiago Santos, Junior Tavares, Militão

ÁRBITRO – Bráulio Machado (SC)

RENDA – R$ 338.295,00

PÚBLICO – 11.327 espectadores.


LOCAL – Estádio do Morumbi, em São Paulo.


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