Botafogo e Atlético-MG se enfrentam neste domingo, às 18h, no Engenhão, tentando administrar os estragos provocados pela queda da Copa do Brasil no meio de semana. O reflexo dessa situação coloca tanto o português Luís Castro como o argentino Antonio Mohamed sob a mira da demissão de seus cargos de treinadores.

Palco da eliminação da competição com a derrota para o América-MG nesta quinta, o Engenhão espera ser pano de fundo para um enredo com final diferente diante do Atlético-MG. O técnico botafoguense Luis Castro tenta administrar a pressão sobre o seu trabalho e garante não se sentir acuado diante do momento de crise.

“Tenho muitos anos no futebol e nada me perturba”, afirmou o treinador português que também já sofre resistências ao seu trabalho junto à diretoria. No Brasileiro, o time está longe de engrenar. Ocupa posição intermediária da tabela e, em caso de derrota em casa, se aproxima de forma perigosa da zona de rebaixamento.

Em meio ao clima de pressão, Castro valorizou o grupo, disse confiar numa volta por cima e falou estar acostumado com a instabilidade no futebol. “Já tivemos ciclos de quatro derrotas e invencibilidade de sete partidas, apresentamos alternâncias porque não temos tido estabilidade. Nossa qualidade de jogo não tem sido a que eu quero. Mas tenho confiança de que vamos atingir uma melhora”, afirmou o treinador.

Diante de um adversário que também sofre o peso de uma eliminação no principal torneio mata-mata nacional, o técnico português pregou trabalho e união. “Estamos realmente juntos para seguir em frente com aquilo que é nosso trabalho e desafio”, afirmou.

Para o duelo contra os mineiros, o foco foi o treino de finalização além de muito trabalho tático para tentar impor o seu jogo garantir os três pontos dentro de casa.

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Já pelo lado do Atlético-MG, a briga direta pelo primeiro posto e os 28 pontos na classificação deveriam ser motivo de tranquilidade para o técnico Antonio Mohamed. No entanto, o cenário é bem diferente.

Apesar da campanha eficiente no Nacional, o treinador argentino não vem agradando à cúpula atleticana. A reclamação atinge diretamente a postura da equipe em jogos decisivos. Foi assim na chorada classificação diante do Emelec para as quartas da Libertadores e voltou a ganhar força após a derrota de 2 a 0 para o Flamengo na última quarta-feira.

No treino realizado após a derrota para os cariocas, Mohamed cuidou da parte técnica e pretende mandar um time mais agressivo, mesmo atuando na casa do Botafogo. Um novo resultado negativo, porém, pode encerrar a sua passagem no time mineiro.

Diante da pressão, tanto por parte da torcida, como da diretoria, o treinador argentino aposta na experiência adquirida no futebol e também na experiência de seus principais atletas neste momento de crise.

“Sabemos da responsabilidade que carregamos. Agora é lamber as feridas e trabalhar. Nós, jogadores, é que vamos tirar o clube desta situação. Temos que lembrar que estamos brigando em duas competições”, falou o lateral-esquerdo Guilherme Arana, um dos principais nomes do elenco.


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