Há pouco mais de dois anos, ele era o meia Danilo Neves que sequer conseguiu ser inscrito na lista dos 28 jogadores da Ponte Preta para a disputa do Campeonato Paulista. Neste sábado, é o polivalente Tchê Tchê que quer mostrar no Palmeiras diante do ex-clube, às 16 horas, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, que ter voltado a utilizar o apelido foi a escolha certa.

A confusão com Danilo Neves e Tchê Tchê começou quando o jogador do Palmeiras foi para a Ponte Preta, seu maior desafio na carreira até aquele momento. Preocupado com as brincadeiras, resolveu abandonar o apelido de infância. “Um amigo colocou esse apelido por falar que eu era parecido com um tal Tchê Tchê da rua dele. Quando cheguei na Ponte, resolvi usar meu nome para passar mais seriedade”, explicou o jogador, que no Palmeiras deve ser mais utilizado como lateral-direito e volante. “O apelido não tem nada a ver com a música. O meu é mais antigo”, brincou, se referindo a um sucesso do cantor sertanejo Gusttavo Lima.

O problema é que como Danilo Neves a carreira de Tchê Tchê foi uma decepção. Na Ponte Preta, não convenceu o técnico Guto Ferreira a ficar nem na lista dos inscritos para o Paulistão e fez apenas um jogo – contra o Vilhena-RO, pela Copa do Brasil.

Sem espaço, foi emprestado ao Boa ainda como Danilo. Outra passagem sem brilho, onde fez somente três partidas no clube mineiro. No fim de 2015, foi devolvido ao Audax e abandonou o nome. Como Tchê Tchê, brilhou no Paulistão deste ano, foi eleito a revelação do torneio, atraiu diversos clubes interessados e fechou com o Palmeiras. “Danilo Neves nunca mais”, prometeu.

O ex-Danilo Neves deve repetir neste sábado o que fez contra o Atlético Paranaense, quando trocou de posição constantemente com Jean entre lateral-direito e volante.

A formação do Palmeiras deve ser praticamente a mesma que goleou os paranaenses por 4 a 0, na primeira rodada do Brasileirão. A dúvida é sobre a condição física de Lucas Barrios. Na última quinta-feira, o paraguaio deixou o treino mancando e nesta sexta não foi para o campo. Ele ficou em São Paulo para fazer tratamento enquanto a delegação viajou à tarde. Segundo a assessoria de do clube, o paraguaio fará tratamento para tentar jogar.

Duas novidades são as presenças do meia Fabrício e do atacante Dudu no banco de reservas. O primeiro conseguiu a regularização na CBF e pode estrear e o outro se recuperou de lesão na coxa direita que o afastou dos gramados por um mês.