Liderada por Rebeca Andrade, a equipe brasileira se classificou para cinco finais da ginástica artística feminina dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 neste domingo (28).

Com uma nota total de 166.499, o Brasil avançou em quarto lugar nas classificatórias, realizadas na Arena Bercy.

A equipe brasileira, representada por Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Júlia Soares, ficou atrás dos Estados Unidos (que tiveram a melhor nota geral, de 172.296), Itália (166.861) e China (166.628).

No individual geral, Rebeca obteve 57.700 e se classificou em segundo lugar, atrás apenas da americana Simone Biles, que ficou com 59.566.

Rebeca Andrade também avançou no salto, trave e solo, totalizando cinco finais.

Quem também brilhou foi Júlia Soares, de 18 anos, em sua primeira participação numa Olimpíada. Ela se destacou no solo e obteve a vaga na final da trave.

Flávia Saraiva, com 54.199, avançou em 11º e Jade Barbosa ficou em 20º entre as 24 finalistas mas não poderá disputar a final porque o regulamento só autoriza duas atletas por país.

Com isso, o Brasil disputará seis finais da ginástica artística feminina: individual geral (com Rebeca Andrade e Flávia Saraiva); salto (Rebeca Andrade), trave (Rebeca Andrade e Júlia Soares) e solo (Rebeca Andrade).

As finais da ginástica artística começam na terça-feira (30), com a disputa por equipes.

O individual geral feminino será na quinta (1º) e o salto no sábado, 3 de agosto. As barras assimétricas no dia seguinte (4) e as finais de solo e trave estão marcadas para o dia 5 de agosto.

– Biles brilha –

Mais cedo, três anos depois da amarga experiência em Tóquio, Simone Biles fez uma estreia brilhante nos Jogos de Paris, mostrando mais uma vez seu enorme talento.

Cercada de grande expectativa, Biles teve um desempenho marcante que a deixou como líder da competição individual geral, aguardando a conclusão das classificações que irão até o final do dia.

A única sombra para a americana de 27 anos foi o desconforto que sentiu na panturrilha esquerda durante o aquecimento para o segundo exercício, no solo.

– “Sentiu um pouco de dor” –

O contratempo, no entanto, não a impediu de ter um grande desempenho no tablado, nem de voar no salto sobre a mesa, aparelho em que realizou o Biles II, o duplo salto Yurchenko carpado que leva seu nome.

“Ela sentiu algo na panturrilha, mas isso é tudo”, disse sua treinadora, Cécile Landi, que revelou que essa dor já havia aparecido “há duas semanas” e agora voltou, mas não preocupa para a sequência de Biles na competição.

Com o desconforto já aliviado – embora com um curativo que cobria a parte inferior da perna e tornozelo – a sorridente Biles pousou corretamente em seu último exercício, nas barras assimétricas, aplaudida pela arena.

“Ainda podemos melhorar, mas foi muito bom”, reconheceu Landi.

rs/mcd/cb/aam