No dia que em celebrou 23 anos da conquista do título que simbolizou o fim do jejum, o do Campeonato Paulista de 1993 sobre o Corinthians, o Palmeiras voltou a derrotar seu maior rival, desta vez por 1 a 0, em um grande clássico no Allianz Parque, neste domingo à tarde.

Foi um casamento perfeito para o estádio que teve sua quebra de recorde de público (39.935 pessoas) numa tarde de torcida única. A arena empurrou o Palmeiras à vitória no segundo tempo, quando o jogo foi decidido, logo aos 2 minutos, com um gol de Cleiton Xavier, que entrara no intervalo.

O resultado fez com a equipe de Cuca superasse a de Tite na classificação do Campeonato Brasileiro e alcançasse a segundo colocação, com 15 pontos, apenas um atrás do líder Internacional. O Corinthians, apesar da derrota, continua no G4, em quarto lugar, com 13 pontos.

O clássico começou em alta rotação, com muita movimentação. E o Palmeiras logo mostrou seu poder de fogo. Melhor em campo, criava mais e não deixava o Corinthians jogar. O time de Tite havia perdido sua melhor qualidade, o toque de bola. Sintoma da marcação imposta pela equipe de Cuca. Moisés e Tchê Tchê comandavam a armação do Palmeiras, enquanto o Corinthians se via refém da ligação direta, sem que a bola passasse pelo meio de campo.

Não foi à toa que o Palmeiras quase chegou ao gol logo aos 8 minutos. Tchê Tchê deixou Gabriel Jesus sozinho graças a uma linda enfiada de bola. Mas o jovem atacante não percebeu que Felipe estava em seu encalço. O zagueiro do Corinthians travou a bola na hora certa.

O Corinthians respondeu rápido com Bruno Henrique, mas Fernando Prass tirou e evitou um gol de Luciano. Tite alternava o posicionamento de Giovanni Augusto com Marquinhos Gabriel, mas mesmo assim não levava perigo.

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O jogou ficou até violento, pegado, e com o Corinthians cometendo faltas duras que renderam ao time três cartões amarelos, dois deles com objetivo de parar Gabriel Jesus. O clássico ficou feio.

Antes do intervalo, Giovanni Augusto desperdiçou a melhor chance do Corinthians. Ele ficou livre na área, mas chutou fraco, cruzado, e a bola passou à direita de Fernando Prass.

A estratégia de Cuca para mudar o Palmeiras de certo. O técnico acertou na substituição no intervalo: sacou Roger Guedes, muito mal no clássico, e colocou Cleiton Xavier. Só levou dois minutos para Cleiton abrir o placar.

Dudu foi o armador e deixou Moisés frente a frente com Walter, que defendeu um chute forte, mas deu rebote. Cleiton teve a tranquilidade necessária para cabecear e colocar a bola para dentro do gol: 1 a 0.

O Corinthians sofreu o gol e deu o contra-ataque para o Palmeiras. Os dez minutos do segundo tempo transformaram o clássico. Para melhor. Guilherme poderia ter empatado, não fosse a trave. Mas Walter também trabalhou e fez pelo menos uma defesa complicada em chute de Gabriel Jesus.

O ataque do Palmeiras, rápido e eficiente, acelerou o jogo e desconcertou o sistema defensivo de Tite. Gabriel Jesus e Dudu passaram a dar as cartas no clássico e o time de Cuca ficou mais perto de marcar o segundo do que de sofrer o empate. E esse foi o retrato do jogo até o apito final, apesar de nos acréscimos o árbitro ter marcado uma falta a favor do Palmeiras quando o Corinthians reclamou de um gol anulado de Bruno Henrique.

Após levar a melhor no clássico, o Palmeiras volta a campo na quarta-feira para encarar o Coritiba, às 21h45, no Couto Pereira. Já o Corinthians atuará no dia seguinte diante do Fluminense, às 20 horas, no Mané Garrincha, em Brasília.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 1 X 0 CORINTHIANS

PALMEIRAS – Fernando Prass; Tchê Tchê, Thiago Martins, Edu Dracena e Zé Roberto; Thiago Santos, Jean e Moisés (Matheus Sales); Roguer Guedes (Cleiton Xavier), Gabriel Jesus e Dudu (Rafael Marques). Técnico: Cuca.

CORINTHIANS – Walter; Fagner, Felipe, Yago e Uendel; Cristian (Maycon), Bruno Henrique e Guilherme (Danilo); Giovanni Augusto, Luciano (Luciano) e Marquinhos Gabriel. Técnico: Tite.


GOL – Cleiton Xavier, aos 2 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Raphael Claus (SP).

CARTÕES AMARELOS – Giovanni Augusto, Cristian, Felipe, Jean, Zé Roberto, Edu Dracena, Fagner e Moisés.

PÚBLICO – 39.935 torcedores.

RENDA – R$ 2.763.659,36.

LOCAL – Allianz Parque, em São Paulo.


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