Com presença de príncipe William e Trump, catedral de Notre-Dame reabre em Paris após 5 anos

Com presença de príncipe William e Trump, catedral de Notre-Dame reabre em Paris após 5 anos

A catedral de Notre-Dame, uma das maiores igrejas do Ocidente, reabrirá as portas neste sábado, 7, após uma pausa de cinco anos para restauração. O evento garante a presença de personalidades como príncipe William e Donald Trump, contando com uma apresentação musical no sábado e uma missa solene no domingo, 8.

O monumento – localizado em Paris, na França – passava por um período de reparos desde que foi atingido por um incêndio em 2019. Durante seu governo, o presidente Emmanuel Macron conferiu prioridade para o processo de reconstrução e já fez uma longa visita à catedral na última sexta-feira, 29.

Com um máximo de 3 mil convidados, o espetáculo musical acontecerá na esplanada diante da fachada e terá como principais nomes para o concerto de gala o maestro venezuelano Gustavo Dudamel e o pianista chinês Lang Lang. Além deles, o cantor canadense Garou e a franco-beninense Angélique Kidjo estarão entre os participantes.

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Presenças confirmadas

O governo da França prevê o comparecimento de mais de 100 chefes de estado nas celebrações do final de semana. O Palácio de Kensington, na Inglaterra, anunciou nesta sexta-feira, 6, que o príncipe William irá participar da cerimônia em nome do Reino Unido. Vale lembrar que a visita será realizada sem a sua esposa, princesa Catherine.

Outra presença significativa é a do presidente recém-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Essa será a primeira viagem de Trump ao exterior desde sua vitória eleitoral, conquistada ainda este ano. O republicano divulgou em sua conta na rede social “Truth” que irá até a França para “assistir à reabertura da magnífica e histórica Catedral de Notre-Dame, que foi completamente restaurada após um incêndio devastador há cinco anos”.

Ele ainda destilou elogios a Macron e enfatizou o esforço do líder em reparar a catedral.

“O presidente Emmanuel Macron fez um trabalho maravilhoso para garantir que Notre-Dame fosse restaurada ao seu mais alto nível de glória, e ainda mais. Será um dia muito especial para todos”, acrescentou.

Donald Trump e o presidente francês cultivam boas relações desde o primeiro mandato do norte-americano. Emmanuel Macron foi, inclusive, o primeiro chefe de Estado a parabenizar Trump após sua vitória em novembro. Pela plataforma X, ele afirmou que estaria disposto a trabalhar com “respeito e ambição” junto ao republicano.

Entre as personalidades convidadas também está o presidente da Ucrânia Volodimir Zelensky. Um alto funcionário ucraniano informou à AFP que o líder do país deverá comparecer ao evento.

“O presidente ucraniano participará das celebrações por ocasião da restauração da catedral de Notre-Dame. Ele se reunirá com o presidente Macron. Outras reuniões também são possíveis, especialmente com o presidente eleito Donald Trump, que também participará do evento”, alegou a fonte.

Papa recusa convite

O líder da Igreja Católica, Papa Francisco, recusou o convite para comparecer às celebrações de reabertura da catedral de Notre-Dame. A decisão foi informada pelo Vaticano no dia 23 de novembro.

O pontífice, que já possui 87 anos, visitará a ilha francesa de Córsega apenas no dia 15 de dezembro. A viagem terá como objetivo encerrar uma conferência internacional relativa às tradições religiosas populares.

A fim de mitigar sua ausência, o Papa preparou uma mensagem para ser lida no início da cerimônia. O argentino não especificou o teor do recado, mas disse que será “destinado aos franceses”. A informação foi dada pelo reitor da Catedral de Notre-Dame, Olivier Ribadeau-Dumas, nesta quinta-feira, 5.

Incêndio em Notre-Dame

A obra de restauração da catedral parisiense custou milhões de euros para a França. O incêndio que causou a destruição da igreja – e consequentemente o custo de reparação – ocorreu no primeiro semestre de 2019.

No dia 15 de abril, alarmes de incêndio ecoaram na catedral e a missa foi interrompida, com todos os cidadãos sendo retirados rapidamente. Depois de 23 minutos, as primeiras chamas foram notadas e diversos bombeiros foram acionados, mas demoraram para chegar ao local em função do trânsito.

Antes das 20h, a icônica torre da Igreja caiu e apenas no dia seguinte foi anunciada a erradicação do fogo. Para dimensionar a gravidade dos danos, as autoridades informaram que se o acidente durasse mais meia hora, o prédio teria sido completamente destruído.

Até hoje, a causa das chamas não foi descoberta, mas o promotor-chefe da época alegou acreditar que se tratava de um acidente. Boatos dizem que o fogo teria começado por uma falha elétrica ou até mesmo por um cigarro, enquanto as obras que estavam em andamento no período também foram investigadas.