A Federação Inglesa de Futebol (FA, sigla em inglês) vai demitir 82 funcionários nos próximos quatro anos por causa de um prejuízo de 300 milhões de libras (cerca de R$ 2 bilhões) com os efeitos pela pandemia do coronavírus. Sem público nos jogos, o maior problema é a falta de bilheteria.

O Estádio de Wembley, de propriedade da FA, deveria receber sete jogos da Eurocopa no próximo mês, incluindo semifinais e final, mas a competição foi adiada para o ano que vem. Outros eventos, incluindo shows e dois jogos da temporada regular da NFL, que deveriam ser realizado no estádio para 90 mil pessoas, também foram cancelados.

“Ninguém sabe quando uma vacina estará pronta ou quando melhores tratamentos médicos

estarão prontos”, disse o presidente da FA, Greg Clarke, nesta segunda-feira. “Então temos que planejar por longos períodos de distanciamento social, o que pode limitar as multidões, limitar as participações e limitar o número de competições disputadas.”

O executivo-chefe da FA, Mark Bullingham, afirmou que o foco será gastar nos principais eventos. “Isso significa que estabeleceremos em nossas propostas algumas escolhas difíceis porque não achamos que poderemos dar ao luxo de fazer todas as coisas que fizemos antes.”

“A receita de hospitalidade, que gera em torno de 35 milhões de libras por ano, caiu completamente e provavelmente levará anos para se recuperar”, disse Bullingham.

“Infelizmente, nos últimos meses, a FA foi severamente afetada financeiramente. De tal forma, que nunca poderemos recuperar. A situação piorou a um ponto em que agora precisamos reduzir o tamanho da FA.”

Quando a Grã-Bretanha entrou em confinamento em março, a FA interrompeu o recrutamento de 42 vagas, que não foram preenchidas. Outras 82 funções estão sendo removidas do órgão governamental sem fins lucrativos.

Wembley continuará realizando as semifinais e final da Copa da Inglaterra nas próximas semanas, mas não terá a presença de torcedores devido aos esforços para conter a propagação da covid-19.