Ginásios lotados, grande cobertura da mídia dos principais veículos de imprensa dos Estados Unidos e olheiros das franquias da NBA acompanhando cada tentativa de drible, passe ou arremesso. Assim como aconteceu com seu pai, LeBron James Jr. já é tratado como uma estrela em sua primeira temporada no basquete colegial, onde defende a Sierra Canyon School, da Califórnia.

Com 15 anos, 1,88m e mais de 4 milhões de seguidores no Instagram, “Bronny”, como é chamado, tem seus passos acompanhados desde pequeno. Em 2016, a ESPN norte-americana noticiou que as universidades de Kentucky, segunda maior vencedora no basquete universitário, com oito títulos, e Duke, dona do terceiro posto com cinco conquistas, já haviam demonstrado interesse de contar com o primogênito de LeBron James, na época com 11 anos. O astro, atualmente do Los Angeles Lakers, ainda tem outros dois filhos: Bryce (nascido em 2007) e Zhuri (nascida em 2014).

Para sua estreia pelos Trailblazers, como é conhecido o time de basquete de Sierra Canyon, mil ingressos foram vendidos em pouco mais de 32 minutos pela internet. Além disso, era possível acompanhar todos os lances da partida em serviços de streaming, tamanha a curiosidade em torno do jovem atleta. Diferente de seu pai, que atuou com a camisa 23 em quase toda sua trajetória, menos na passagem pelo Miami Heat, quando vestiu a 6, o jovem escolheu a número 0.

Uma de suas principais atuações até o momento foi contra St. Vincent-St. Mary, escola em Ohio, onde seu pai foi projetado. Jogando para quase duas mil pessoas na LeBron James Arena, reformada em 2013 após doação de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 4,1 milhão) de seu mais ilustre aluno e que dá nome ao ginásio, o armador anotou 15 pontos, sendo os dois que garantiram a virada nos segundos finais do jogo, que terminou 59 a 56.

“Foi um sentimento tão surreal para mim! Observando meu filho jogar em nosso estado natal, ainda mais jogando contra o colégio onde me formei e o meu mentor, figura paterna, cara que treinou e ajudou a me guiar por toda a minha infância, dentro e fora de quadra, o treinador Dru Joyce II… Não posso nem mentir, eu estava nervoso, mas nossa, meu filho estava equilibrado e controlado. Que noite incrível!”, disse LeBron, que viu o confronto da primeira fila das arquibancadas.

Presente na maioria dos jogos, menos quando está atuando, LeBron sabe da pressão sofrida pelo filho com toda essa badalação. O ala já declarou que se arrepende por ter dado seu nome ao primeiro filho, fato que virou mais um fardo. A declaração foi feita para a série The Shop, em 2018, mas justificada.

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“Quando eu era mais jovem, eu não tive um pai”, contou James, que foi abandonado quando era criança e criado com muita dificuldade pela mãe, Gloria Marie James. “Então, meu pensamento todo era de quando tivesse um filho, que não somente ele seria o Júnior, mas que eu faria tudo o que esse homem não fez. Eles vão experimentar coisas que eu nunca experimentei.”

Se não bastasse todos os holofotes trazidos pela clã James nos jogos, Sierra Canyon também conta com Zaire Wade, filho de Dwyane Wade, outro grande nome da história recente da NBA. LeBron e Dwyane jogaram juntos no Miami Heat por quatro anos. Em todos chegaram às finais e conquistaram o título em duas oportunidades, em 2012 e 2013.

LEBRON E SEUS HERDEIROS JUNTOS – Se existe pressão sobre Bronny para que ele repita os passos do pai, LeBron James também sempre viveu com comparações, mas com outra estrela: Michael Jordan. Três vezes campeão estadual em Ohio, um dos estados mais pobres dos EUA, o jovem LeBron sempre foi apontado como sucessor do maior jogador de todos os tempos. Sua fama era tão grande desde a adolescência que a ESPN transmitiu pela primeira vez jogos colegiais para todo território nacional – para que todos pudessem assistir o garoto que tinha o apelido de “Rei”. Aos 17 anos, ele também foi capa da Sports Illustrated, uma das mais influentes e respeitadas publicações esportivas, com título de “O escolhido”.

Diferente de muitos prodígios que não conseguem atender as expectativas criadas, LeBron não decepcionou. Ele saltou do colegial direto para a NBA, sem passar pela faculdade, e foi a primeira escolha do Draft de 2003, justamente para defender o time de seu estado, o Cleveland Cavaliers. De lá para cá, foi eleito quatro vezes o jogador mais valioso da NBA (2009, 2010, 2012 e 2013) e ganhou três vezes a o título da liga norte-americana de basquete (2012, 2013 e 2016), além de faturar duas medalhas de ouro olímpicas pela seleção (2008 e 2012).

LeBron James Jr. vai se formar no colegial em junho de 2023. Se a NBA extinguir a regra vigente desde 2006, que obriga os atletas atuarem pelo menos um ano na faculdade antes de entrarem na liga, pai e filho poderiam jogar juntos já neste ano. Se tudo continuar como está, LeBron James pai teria que esperar até 2024 – quando terá 39 anos – para realizar o sonho de atuar ao lado do filho.


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