Ter mais de uma geração disputando Jogos Olímpicos já é um grande feito, mas uma família brasileira conseguiu muito mais que isso. Com o ouro conquistado por Martine na classe 49erFX nesta terça-feira – segundo consecutivo velejando ao lado de Kahena Kunze -, a família Grael chegou a impressionantes nove medalhas olímpicas.

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Além do bicampeonato de Martine Grael, Torben Grael subiu em impressionantes cinco pódios. Ele, inclusive, foi técnico da filha neste ouro das Olimpíadas Tóquio-2020. Ao lado de Nelson Falcão, Torben foi prata na classe Soling em Los Angeles-1984, depois foi bronze na classe Star em Seul-1988. Sem medalha em Barcelona-1992, conseguiu mais três pódios seguidos na classe Star com o parceiro Marcelo Ferreira: ouro em Atlanta-1996, bronze em Sydney-2000 e ouro Atenas-2004.

E não para por aí. Lars, irmão de Torben e tio de Martine, tem duas medalhas em Olimpíadas: dois bronzes na classe Tornado, em 1988 e 1996. O primeiro ao lado de Clínio de Freitas e o segundo com Kiko Pelicano, que é seu cunhado. Em entrevista à CBVela, Lars comentou que velejar está no sangue da família desde o início do século passado.

– No caso da família temos toda uma herança do nosso avô! Que chegou da Dinamarca em 1924 e velejou no Brasil até falecer nos anos 70. Esse amor que passou para os filhos! A nossa tia Margarete que velejava bem! Mas faleceu em um acidente de avião, então encerrou sua vida de forma precoce. Mas os irmão conseguiriam continuar esse legado e campeão mundiais e medalhistas pan-americano. Eles transferiram essa paixão para próxima geração! Então acho que tudo tem uma lógica e essa é a nova geração! A Martine se encontra nesse grupo seleto de medalhistas e olímpicos – contou.

Além das medalhas, a família Grael conta com outras participações em um passado mais distante. Tios de Torben e Lars, Axel e Erik foram para Olimpíadas nos anos 1960 como atletas. O segundo inclusive participou de três Jogos ao lado de Lars.