A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será o quinto a apresentar a defesa no julgamento que pode o tornar réu no inquérito do golpe de Estado. A ordem, que havia sido definida na segunda-feira, 24, foi alterada nesta terça-feira, 25, durante a sessão na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
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A Turma analisa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outros sete suspeitos de participarem da trama golpista. O julgamento começará às 9h30 e deve se estender até a manhã de quarta-feira, 24.
Veja a ordem das sustentações
Logo no começo, o relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, deverá ler o relatório, seguido das argumentações do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O PGR terá 30 minutos para argumentar sobre a denúncia apresentada.
Em seguida, as defesas dos oito acusados terão 15 minutos para apresentar suas sustentações, seja para a defesa dos investigados ou para questionar pontos no processo. As defesas de Alexandre Ramagem e do general Almir Garnier Santos serão os dois primeiros a apresentar as argumentações.
Em seguida vem a defesa de Anderson Torres e o advogado de Augusto Heleno. Na sequência, o advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, terá 15 minutos para apresentar sua sustentação oral. Vilardi deve ser acompanhado pelos advogados Eduardo Ferreira da Silva, Renata Horovitz e Domitila Kohler.
As defesas de Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto devem completar a ordem das sustentações orais, respectivamente.
Os advogados Mauro Cid e Augusto Heleno ainda não se inscreveram para a falarem na sessão. A tendência é que as incrições sejam feitas na hora do julgamento.
Bolsonaro e seus aliados são acusados de arquitetarem um plano de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. Além deles, outros 25 suspeitos foram denunciados e podem se tornar réus nas próximas semanas.
O julgamento definitivo do ex-presidente está previsto para acontecer apenas no fim do ano. Internamente, os ministros querem agilizar a tramitação do processo para evitar a contaminação eleitoral em 2026.