O Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, amanheceu lotado neste feriado quente de 15 de novembro. Muitos paulistanos aproveitaram a folga para curtir, em família e amigos, um pouco de ar livre. As sombras das árvores do parque eram os locais mais disputados.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a sensação térmica às 11 horas era de 36°C, com alerta vermelho de risco à saúde por conta do calor. É o quinto dia seguido de temperaturas acima dos 34ºC.

Apesar do grande número de crianças, os parquinhos estavam vazios por volta do meio-dia. Com o sol quente, os pais preferiram deixar as crianças brincando nas sombras, com bolas e brinquedos trazidos de casa.

“Eu acho que, neste horário do dia, o sol está muito em cima. Perto das árvores, é mais fresquinho e o sol queima um pouco menos”, disse Mayara Aparecida, dona de casa grávida que brincava com seu filho de quatro anos na sombra.

Mariana dos Santos, estudante, 18 anos, também preferiu a proteção das árvores para jogar vôlei com os amigos. “As quadras estão lotadas e também bate muito sol nelas”, justificou.

Em algumas quadras, pessoas utilizaram guarda-sol para acompanhar os jogos na plateia. A venda de água, segundo vendedores ambulantes credenciados ao parque, aumentou cerca de 20%.

Muita gente também escolheu o passeio de bicicleta para praticar atividade física e se refrescar.

“Na bike, vem um ventinho gostoso. E dá pra andar só nas vias mais arborizadas, onde tem bastante sombra”, afirmou o administrador Rogério Castro.

“Aqui tá melhor do que em casa, pelo menos tem um ventinho. Em casa, a sensação é de que estamos dentro de um forno”, diz Maria Aparecida, aposentada. “Tenho tomado uns três banhos por dia.”

“O dia está bonito, então a gente preferiu curtir a brisa aqui do parque do que ficar em casa, na frente do ventilador. Na sombra, está gostoso, mas, mesmo assim, o calor está de matar. Vamos almoçar daqui a pouco e eu espero que seja em um restaurante com ar condicionado”, diz Milton Scaveniz, empresário.

Em outros pontos da cidade, os efeitos do calor também eram sentidos.

No Minhocão, a estrutura de guarda-sóis ofereceu proteção a quem foi ao local pela manhã.

Na Avenida Paulista, os termômetros evidenciavam o que se sentia na pele.