Rio – Em meio a diversos problemas financeiros, o Botafogo passa por um mais uma situação crítica fora de campo. As obras no CT para a base, localizada no Espaço Lonier, em Vargem Grande, estão paralisadas. A expectativa da diretoria alvinegra era de que base e profissional passem a treinar no local a partir do início de 2020.
De acordo com o diretor de futebol da base do Botafogo, Manoel Renha, a situação financeira atual do clube é o entrave para a continuação das obras. Vale lembrar que os irmãos Moreira Salles emprestaram R$ 25 milhões para a compra do CT, R$ 20,3 milhões foram usados para a compra do terreno e outros R$ 4,7 milhões destinados a melhorias do espaço.
“Diria que hoje a chance é zero de levar toda a base e o profissional para o CT em janeiro 2020. Ainda não se tem os recursos financeiros para a conclusão de toda a obra. Não começou nem a parte de infraestrutura. Estão fazendo a terraplanagem na parte de cima, onde ficarão três campos. Mas essa área somente não suporta a base inteira”, explicou Renha.
O Botafogo está dividido em três grupos internamente. Os profissionais estão no Nilton Santos, enquanto o sub-20 treina em General Severiano. As demais categorias realizam atividades no Caio Martins. Para Renha, essa separação é ruim em diversos sentidos.
“Atrapalha você não ter CT. Dos grandes, só dois não têm CT para a base. O Botafogo é um deles. Alguns outros clubes de menor investimento também têm os seus CTs. Tendo um CT, você centraliza todo mundo e tem diversas vantagens, como logística, integração, desenvolvimento e financeiras.”
“Há a troca de experiências e maior sinergia entre as comissões técnicas, que podem observar tudo de perto. A comissão técnica do profissional tem mais facilidade de interagir e observar os atletas da base, principalmente do sub-20”, completou o diretor de futebol da base.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias