Quase sempre vista como coadjuvante, a seleção da Venezuela inverterá de papel neste sábado. Vindo de dois empates, jogará a partir das 16 horas, no Mineirão, pela rodada final do Grupo A da Copa América, como favorita contra a Bolívia para triunfar e avançar às quartas de final.

Diante de Peru e Brasil, seleções consideradas mais fortes, a Venezuela se comportou bem para segurar a igualdade por 0 a 0, contando com o auxílio do VAR, que ajudou os árbitros a anularem quatro gols nesses compromissos, além de atuações seguranças dos seus sistemas defensivos.

Neste sábado, porém, entrará em campo com o peso da obrigação de confirmar o seu favoritismo diante da Bolívia, derrotada nos dois primeiros compromissos na Copa América, para Brasil (3 a 0) e Peru (3 a 1).

“Não estamos olhando ninguém por cima. O pior erro que podemos cometer é subestimar. Não estamos aqui para fazer isso”, pediu o técnico Rafael Dudamel, um dos responsáveis por fazer a Venezuela deixar de ser uma das equipes mais fracas do continente com um trabalho nas divisões de base liderado por ele e que levou vários jogadores venezuelanos a atuarem hoje em algumas as principais ligas do mundo.

Porém, o ex-goleiro precisará arriscar bem mais do que nos duelos anteriores para a Venezuela marcar seu primeiro gol nesta Copa América. “Nós não podemos falhar, a equipe tem que saber como assumir a responsabilidade de jogar para ganhar. São 90 minutos, nos sentimos capazes de vencer”, disse.

A Venezuela perdeu por lesão o meio-campista Arquimedes Figuera e tem dúvida quanto ao defensor Mikel Villanueva, febril e que teme estar com dengue. “Ele jogou contra o Brasil com febre. Está fazendo exames para determinar exatamente o que tem. Ele não trabalhou com o grupo nestes últimos dois dias e amanhã (sábado) saberemos se podemos contar com ele ou não. Vamos esperar pela visão dos médicos”, explicou.

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A Venezuela é a terceira colocada do Grupo A com dois pontos, atrás de Brasil e Peru, ambos com quatro e que vão se enfrentar no mesmo horário na Arena Corinthians. Já a Bolívia ainda não pontuou.

Assim, a Venezuela estará classificada às quartas de final em caso de vitória. Vai avançar em primeiro se ganhar por quatro gols de diferença e o outro jogo da chave terminar empatado. Mas se triunfar e houver vencedor em Itaquera, avançará em segundo. Um empate pode levar os venezuelanos a se classificar como um dos dois melhores terceiros colocados, enquanto a derrota os eliminaria.

Somente uma combinação muito complexa de resultados envolvendo outros grupos permitirá que a Bolívia se classifique às quartas de final em caso de vitória. E o clima na seleção foi contaminado por declarações polêmicas do presidente da federação nacional e um controvérsia envolvendo o pagamento de premiação aos jogadores. O técnico Eduardo Villegas tenta blindar o elenco para o duelo que deverá ser o de despedida da Copa América. “O futebol é incentivo, sentimentos, atitude e nossa atitude continuará sendo positiva, de lutar”, disse.

Referência do elenco, o atacante Marcelo Moreno atacou os dirigentes da federação. “Há comentários maliciosos sobre os nossos jogadores. Mas nós estamos aqui, dando a cara para melhorar o futebol da Bolívia, se eles nos derem as condições”, disparou. Hoje na segunda divisão da China, ele garantiu que o incidente fortaleceu o grupo. “Eu tenho segurança que não afetará em absoluto o dia da partida.”

O Mineirão, aliás, é um território bem conhecido para Marcelo Moreno. “É uma alegria para mim estar aqui, me sinto em casa. Amanhã (Sábado) será um dia muito especial por me encontrar novamente com os torcedores do Cruzeiro e fazer o que sempre fiz aqui: gols”, prometeu.


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