 "Reprodução/Instagram @anagabriela")
Em um momento em que a superficialidade das relações e a hiperexposição dominam as redes sociais, Ana Gabriela aposta na introspecção e no lirismo para contar uma história que fala de amor – e do fim dele – em seu novo álbum, ‘Baseado em Fatos Reais (menos as partes que eu inventei)’, que chega às plataformas digitais na próxima quinta-feira, 17 de julho.
A artista, conhecida por seu pop de pegada orgânica e por um estilo confessional que conquistou uma legião de fãs desde os tempos do YouTube, agora se reinventa. Com forte influência do R&B e da cena pop urbana, Ana experimenta novos caminhos sonoros sem abrir mão da sensibilidade que marca sua trajetória.
“Acredito que todos os artistas passam por mudanças. Seja do pop para a MPB, ou da MPB para o samba, a música é muito versátil e isso é lindo. Se entender e conectar consigo mesmo é uma experiência incrível, pessoal e profissionalmente”, afirma.
O projeto, construído em torno de uma narrativa cronológica de um relacionamento, é apresentado ao público com estética cinematográfica, incluindo visualizers gravados na Patagônia. Mas é o título do álbum, com seu toque irônico, que desperta a atenção para a linha tênue entre o vivido e o imaginado.
Ana, no entanto, não vê necessidade de delimitar o que é real ou ficção: “A curiosidade é muito importante na arte. Você se identifica com o que viveu ou já passou. Cria narrativas a partir da sua vida. Não acho que seja necessário o total entendimento sobre a obra.”
Em tempos de hits virais e refrões efêmeros, o álbum aposta na permanência emocional. “Acho que essa sensibilidade nunca deixou de existir. Sempre esteve aqui, dizendo de diferentes formas, claro”, diz Ana sobre a força da emoção na música. Seu single de destaque, ‘Será que é este mesmo o nosso fim?’, um dueto com o cantor Nairo, é o ápice dessa proposta: uma balada sobre a despedida, cantada com lirismo e emoção.
A nova fase também será levada para os palcos com a turnê Baseada em Fatos (Quase) Reais, prevista para começar em agosto. Mais do que uma mudança de sonoridade, Ana Gabriela apresenta aqui um amadurecimento artístico e pessoal, propondo uma escuta que vai além do entretenimento: um convite à identificação e à reflexão.
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