O Ibovespa fechou em alta de 3,66% aos 52.001,86 pontos nesta terça-feira, 12, a maior pontuação desde 17 de julho do ano passado. O avanço mostra a euforia de investidores e operadores com o fortalecimento da tese de investimento que se baseia no impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Operadores e analistas ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, afirmaram que a alta da Bovespa foi provocada pelo noticiário político desta terça-feira, um dia antes do vencimento de opções sobre o Ibovespa e em um pregão pautado pelo otimismo nos mercados de renda variável no exterior. As bolsas americanas fecharam em alta: Dow Jones, com +0,94%; S&P 500, com +0,97%; e Nasdaq, com +0,80%.

Aqui no Brasil, chamou a atenção dos operadores o aumento do número de votos na Câmara a favor do impeachment (300), a despeito da maior aderência de deputados contra o impedimento (125), conforme levantamento do Grupo Estado. Foi uma das notícias citadas como justificativa para o fortalecimento dos ativos domésticos. A possibilidade de a maioria dos deputados do PP votarem a favor do impeachment cresceu hoje, com a convocação de uma reunião do partido, que ainda não foi concluída.

Entre as maiores altas, os destaques foram a Vale ON (+10,43%) e a Vale PNA (+10,94%). Além do cenário político, esses papéis reagiram positivamente à valorização do minério de ferro no mercado internacional. As ações da Petrobras também tiveram uma influência altista da commodity, no caso o petróleo. A PN fechou em alta de 7,63%, e a ON, em +8,93%. Os contratos futuros do petróleo fecharam no patamar mais alto do ano em Nova York, nesta terça-feira, com o aumento da expectativa de que grandes produtores concordarão em congelar a produção. Na Nymex, o petróleo WTI para maio fechou em alta de 4,48%, a US$ 42,17 por barril. Na ICE, em Londres, o Brent para junho subiu +4,34%, para US$ 44,69 por barril, no maior patamar desde novembro de 2015.