Agora é vida ou morte: liderado por um Neymar fisicamente inteiro, o Brasil apostará em seu momento de crescimento na Copa do Mundo da Rússia para superar o México pelas oitavas de final da competição e seguir firme rumo ao hexa, nesta segunda-feira em Samara.

Os três primeiros jogos mostraram faces distintas da Seleção.

A estreia, contra a Suíça (1-1), ficou marcada pela falta de ambição em campo. Em seguida, contra a Costa Rica (2-0), a vitória veio, mas o Brasil sofreu com a irritação e o nervosismo. Já contra a Sérvia (2-0), a vaga nas oitavas de final foi selada com uma atuação madura e sem sustos.

Embora criem incertezas, as três atuações da Seleção apontam todas para o mesmo lado: a equipe está numa crescente inegável dentro da competição. E, não por acaso, o Brasil pareceu espelhar seu principal jogador dentro de campo.

Sofrendo com a falta de ritmo de jogo e dores no tornozelo, Neymar precisou de três jogos para mostrar todo seu potencial.

Contra a Sérvia, um camisa 10 mais leve, solto e alegre em campo comandou a Seleção rumo às oitavas de final com uma atuação coletiva digna de elogios, o oposto do que havia apresentando diante de suíços e costarriquenhos.

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Mas, apesar do bom momento, nem tudo são flores no Brasil. O técnico Tite precisa lidar com as diversas lesões que afetam o elenco durante a competição.

– A dúvida Marcelo –

A maior preocupação para o duelo contra os mexicanos ainda é Marcelo.

Uma das referências técnicas e morais da equipe em campo, o lateral-esquerdo do Real Madrid se recupera do espasmo na coluna que o tirou do jogo contra a Sérvia e, mesmo não estando 100%, deve ir a campo contra o México devido ao caráter de vida ou morte do duelo.

Caso Marcelo seja escalado como titular, Tite repetirá a formação da partida com a Sérvia, mantendo Fagner na equipe na outra lateral.

O jogador do Corinthians correspondeu em campo quando chamado e parece ter tomado a lateral direita de Danilo, recuperado da lesão no quadril.

Tite, porém, não poderá contar com uma de suas melhores armas de segundo tempo, o atacante Douglas Costa, que segue entregue à fisioterapia para tratar uma lesão na coxa. A expectativa do departamento médico da Seleção é que o jogador da Juventus esteja pronto para voltar ao time num eventual duelo de quartas de final contra Bélgica ou Japão.

– Neymar vs Ochoa, a vingança –

Do outro lado do campo, o Brasil terá um velho conhecido e freguês de Copas do Mundo.

Em quatro confrontos prévios contra o México em Mundiais, o Brasil venceu três (1950, 1954, 1962) e empatou um (2014) sem nunca ter sofrido um gol sequer da ‘Tri’.

Mas, para confirmar o favoritismo, Neymar terá que superar um velho algoz: o goleiro Guillermo Ochoa.


Há quatro anos, no Mundial no Brasil, brasileiros e mexicanos se enfrentaram durante a fase de grupos da competição e, de mais memorável daquele empate sem gol em Fortaleza, a enorme atuação de Ochoa, que parou Neymar com defesas espetaculares, o que lhe valeu o prêmio de melhor jogador em campo.

Agora, em Samara, quis o destino que os dois voltassem a se enfrentar, num duelo que colocará frente a frente o jogador que mais finalizou a gol na fase de grupos da Copa da Rússia (17) e o goleiro que mais bolas defendeu (17).

Mas nem só de Ochoa é feita a seleção mexicana e o técnico Juan Carlos Osorio, ex-treinador do São Paulo, certamente tentará aprontar uma armadilha contra Tite.

Famoso pela rotatividade no elenco e mudanças de peças de um jogo para outro, Osorio deverá colocar em campo uma equipe diferente daquela derrotada pela Suécia (3-0) na última partida da fase de grupos, um resultado decepcionante que apagou a grande estreia na competição, uma vitória sobre a Alemanha (1-0) que ajudou a eliminar a atual campeã do mundo.

Assim, além da já confirmada ausência de Héctor Moreno, xerifão da zaga suspenso por acúmulo de cartões, o técnico colombiano poderá mexer na equipe dando uma oportunidade como titular ao rápido e habilidoso Marco Fabián para surpreender o Brasil no contra-ataque, uma das características do México.

Nesse troca-troca constante promovido por Osorio, os únicos que têm vaga garantida na equipe são Ochoa, Héctor Herrera, motor do meio de campo, e os veteranos atacantes Carlos Vela e Chicharito Hernández.

Brasil e México se enfrentam nesta segunda-feira em Samara às 11h00, horário de Brasília. O confronto será apitado pelo trio italiano formado pelo árbitro Gianluca Rocchi e os auxiliares Elenito Di Liberatore e Mauro Tonolini.

– Prováveis escalações:

Brasil: Alisson, Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro; Paulinho, Coutinho, Willian e Neymar; Gabriel Jesus.

Técnico: Tite (BRA)

México: Ochoa, Salcedo, Ayala, Álvarez, Gallardo; Layún, Herrera, Guardado (ou Fabián), Lozano, Vela; Hernández.

técnico: Juan Carlos Osorio (COL)


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