WASHINGTON, 15 FEV (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fizeram sua primeira coletiva de imprensa juntos nesta quarta-feira (15) e o norte-americano pediu para que o israelense “segure” os assentamentos em territórios palestinos.   

O líder norte-americano criticou a decisão das Nações Unidas no fim do ano passado, quando a ONU condenou os assentamentos em territórios palestinos. Naquela votação, os EUA ainda sob o governo de Barack Obama, se abstiveram pela primeira vez na história em uma votação do tipo.   

Sobre o conflito com os palestinos, o presidente se limitou a dizer que “lutará por um acordo de paz” entre os dois lados, mas destacou que “gostaria de ver você conter um pouco os assentamentos”. Para isso, o mandatário disse que “vai trabalhar em algo, mas gostaria de ver um acordo”.   

Ironicamente, a tradicional coletiva de imprensa que sempre é dada após a reunião, para anunciar os resultados das conversas, foi concedida antes dos dois líderes de governo se reunirem.   

Trump lembrou que aumentou as sanções contra o Irã, inimigo histórico de Israel, e disse que “fará de tudo, eu disse de tudo, para impedir que o Irã desenvolva sua arma nuclear”, prometendo “proteção” aos israelenses.   

Ele ainda voltou a afirmar que quer levar a embaixada dos EUA em Israel para Jerusalém – uma medida que é considerada uma provocação pelos palestinos, já que o governo de Israel ocupa áreas invadidas.   

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Por sua vez, Netanyahu disse que os EUA são “os melhores aliados” que os israelenses têm e que a parceria entre as duas nações é forte. Ele ainda elogiou as críticas de Trump ao acordo nuclear assinado com o Irã e disse confiar no líder norte-americano.   

“Vamos aproveitar esse momento juntos, vamos reforçar a segurança e buscar novos caminhos para a paz”, acrescentou o israelense.   

Diferentemente do que ocorria na complicada relação com Obama, Netanyahu sempre se mostrou um “parceiro” do republicano.   

Analistas acreditam que esse seja o primeiro passo para que as relações diplomáticas entre os governos voltem a ser mais “amenos” e sem tantos problemas como ocorreu nas duas gestões anteriores.   

Prova disso é que a Casa Branca, antes do encontro, emitiu uma nota em que disse que buscará a “paz” no Oriente Médio. “Uma solução para dois Estados que não leve a paz, não é um objetivo.   

A paz é o objetivo. Se ele vier com a solução dos dois Estados ou outra que as partes queiram, não pararemos a paz”, emitiu o governo.   

No governo Obama, o ex-presidente sempre defendeu a solução de dois Estados – que não é bem vista por Netanyahu. (ANSA)


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