A Argentina estreia na Copa América neste sábado, às 19 horas, contra a Colômbia, pela primeira rodada do Grupo B. A partida está marcada para a Fonte Nova e teve os 50 mil ingressos vendidos antecipadamente. Os olhos dos torcedores, dos jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas estarão todos voltados para Messi.

O jogador, eleito por cinco vezes melhor do mundo pela Fifa, vem ao Brasil de novo com o objetivo de acabar com a sina de vice e erguer pela primeira vez na carreira um troféu com o time principal do seu país – em 2008, ele foi ouro com a equipe olímpica nos Jogos de Pequim.

Em quatro edições de Copa América disputadas por Messi, em três delas ele terminou na segunda colocação (2007, 2015 e 2016). Na outra participação, em 2011, a Argentina ficou em sétimo lugar. Caiu nas quartas de final diante do Uruguai, nos pênaltis. A conquista mais recente do torneio ocorreu em 1993, mas sem Messi – ele tinha seis anos.

Na última competição do craque argentino no Brasil, ele também terminou como vice. Na Copa do Mundo de 2014, a equipe perdeu a decisão para a Alemanha, no Rio. As derrotas sempre pesam nas costas do craque, que já tentou por algumas vezes deixar de defender a seleção e seguir apenas no Barcelona, onde já levantou mais de 30 taças, entre elas quatro da Liga dos Campeões e três Mundiais.

Mas Messi não consegue abandonar a seleção. O mais recente caso aconteceu após o fiasco argentino na Rússia, em julho do ano passado. Depois da queda nas oitavas de final, ele disse que não defenderia mais a seleção. Em janeiro deste ano, mudou de ideia após conversar com o treinador Lionel Scaloni.

Messi tem 31 anos e não descansará enquanto não levar os argentinos a um título. Nas duas últimas edições da Copa América, em 2015 e 2016, a seleção argentina bateu na trave. Foram dois vices contra o Chile e de maneiras semelhantes: 0 a 0 no tempo regulamentar e derrota nos pênaltis. A competição continental mais recente, no entanto, serviu para Messi alcançar uma marca histórica. Ele chegou a 57 gols, superou Batistuta e tornou-se o maior artilheiro da equipe argentina.

Messi chegou ao Brasil no último domingo. Ele desembarcou em Salvador, onde ficará até domingo. Sua presença, como sempre, tem sido discreta. Ele participou dos treinos fechados aos jornalistas. Sexta-feira, quando Scaloni abriu as atividades, o ídolo argentino não estava mais no campo. Sua presença na partida, no entanto, está confirmada. O treinador poupou os principais jogadores por causa do forte calor da capital baiana.

Scaloni minimizou a importância do craque para a seleção do país e, na entrevista coletiva de sexta, tentou exaltar a força do grupo. “Se cada um fizer o que faz no seu clube, teremos uma boa equipe. Pedimos a todos muita mobilidade e trabalho com a bola, jogar o mais rapidamente possível para causar dano ao adversário. Podemos variar a nossa formação tática. São atletas versáteis e isso é importante.”

Depois do jogo contra a Colômbia, a delegação argentina partirá para Belo Horizonte, onde ficou durante sua participação na Copa do Mundo de 2014. A partida contra o Paraguai será no Mineirão, na quarta-feira. No dia seguinte, a equipe se despede da capital mineira e ruma em direção a Porto Alegre, onde fará seu último duelo na primeira fase da Copa América. O confronto com o Catar está marcado para domingo, dia 23, na Arena do Grêmio.