Com reforços de peso em seu grid, a Fórmula E vai iniciar nesta sexta-feira, às 8h30 (horário de Brasília), na Arábia Saudita, sua sexta temporada na busca por se tornar mais popular entre os fãs de automobilismo. Para tanto, o campeonato de carros elétricos conta com a entrada de dois grandes times na categoria: a Mercedes, que domina a Fórmula 1 desde 2014, e a Porsche.

As duas equipes alemães deixarão a F-E com seu maior grid desde sua criação, com 12 times (sendo dez montadoras) e 24 pilotos. A maior estrela na disputa será novamente Felipe Massa. O vice-campeão de F-1 em 2008 disputará sua segunda temporada e terá como trunfo a parceria entre a sua equipe, a Venturi, com a Mercedes.

“O potencial da equipe hoje é muito maior em função desta parceria”, diz o brasileiro. “Tem também bastante gente nova na Venturi, engenheiros novos, que vieram de outros times. Conseguimos pegar uns caras bons. O lado do desenvolvimento técnico vem da Mercedes, mas a gente ajuda também.”

Com Massa no grid, a F-E elevou sua audiência em 84% no Brasil na comparação entre a quarta e a quinta temporadas. Em nível global, a categoria alcançou mais de 400 milhões de telespectadores em sua última edição, crescendo em 24% a sua audiência na mesma comparação entre as últimas duas temporadas.

“É o campeonato que mais cresce no mundo. Com a Porsche e a Mercedes, é o campeonato que tem mais montadoras. Isso mostra a importância da F-E tanto do lado da competição quanto do pensar no futuro, da sustentabilidade, do pensar mais no verde. É um campeonato que ainda tem muito a crescer”, afirma Massa.

O piloto da Venturi terá a companhia de Lucas di Grassi no grid. Serão os dois únicos brasileiros na competição, que chegou a contar com quatro na temporada passada, com Nelsinho Piquet e Felipe Nasr.

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Defendendo as cores da Audi, Di Grassi já entra no campeonato como um dos favoritos, por ter um título e dois vices no currículo. “Em 2018, iniciamos o ano com o carro fora do ritmo e alguns problemas. Espero que para 2019 estejamos melhor posicionados, embora a concorrência esteja ainda mais forte do que antes”, diz o piloto brasileiro, terceiro colocado no campeonato passado.

Ele terá pela frente a rivalidade com o francês Jean-Eric Vergne, atual bicampeão da F-E. O principal favorito ao título vai contar com novo companheiro na DS Techeetah, o português António Félix da Costa, que deixou a BMW.

Na busca pela popularização, a F-E fará sua estreia em duas cidades na nova temporada. Entram Seul, na Coreia do Sul, e Jacarta, na Indonésia. O campeonato vai começar logo com rodada dupla, com corridas nesta sexta-feira e no sábado, ambas às 8h30, na cidade saudita de Diriyah. As provas serão transmitidas pelo canal Fox Sports.

Após a rodada dupla na abertura, o campeonato só será retomado em janeiro, no dia 18, em Santiago. A prova chilena, contudo, pode vir a ser descartada em razão dos protestos das últimas semanas. Manifestações populares já forçaram a F-E a deixar a cidade de Hong Kong, substituída por Marrakesh, no Marrocos – será a quinta prova do campeonato.

Se permanecer no calendário, Chile receberá a única corrida da América do Sul. O Brasil segue fora do campeonato por ainda não contar com investidores para sediar a prova. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte já demonstraram interesse pela categoria, mas sem um acordo até agora.

A nova temporada da F-E passará ainda pela Cidade do México, Sanya (China), Roma, Paris, Berlim, Nova York e Londres, esta com direito a rodada dupla, fechando o campeonato.


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